Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Comida

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Trattoria da Itália ganhou nova alma em São Paulo

Imigrantes italianos batizaram de cantina os tradicionais restaurantes

Há quem veja relação com local das primeiras casas, instaladas em subsolos --em italiano, 'cantina' significa adega

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Não adianta procurar em outro lugar. Restaurante italiano batizado de cantina, com camisas de futebol e garrafas de vinho penduradas no teto, que sirvam cappelletti à romanesca e filé à parmigiana, só mesmo em São Paulo.

Elas surgiram no fim do século 19 (auge da imigração), nos moldes dos estabelecimentos de origem familiar que, na Itália, são conhecidos como trattorias. Mas ninguém sabe ao certo por que foram rebatizadas aqui. Há quem enxergue uma relação com a localização das primeiras casas, instaladas em subsolos --em italiano, "cantina" significa adega.

Embora faltem registros que comprovem a tese, os estudiosos concordam em um ponto: abertas originalmente como pontos de venda de vinho em tonéis, as primeiras cantinas só serviam petiscos a quem aguardava enquanto as garrafas eram cheias.

A versão coincide com as recordações de Walter Taverna, 79, fundador da Sociedade de Defesa das Tradições e Progresso da Bela Vista e proprietário da rede Conchetta.

"Meu pai, Carmelo Taverna, foi cozinheiro da Capuano", conta, referindo-se ao restaurante mais antigo da cidade, em funcionamento ininterrupto desde 1907. Nas primeiras décadas do século 20, segundo relata Taverna, a Capuano não servia nada além de antepastos.

Aos poucos, porém, os cantineiros foram descobrindo que vender comida era bom negócio. "Fazer a América, naquele tempo, era ação essencialmente masculina", argumenta o pesquisador Paulo Ferretti. "Os homens precisavam comer em algum lugar." (FLÁVIA G PINHO)


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página