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Julgamento do Carandiru tem depoimentos secretos
Juiz veta divulgação de relatos por segurança
O segundo dia do julgamento do massacre do Carandiru foi marcado por uma decisão polêmica e pela revelação de que um dos réus morreu antes do início do júri.
Apenas ontem o Tribunal de Justiça divulgou que estão sendo julgados 25 PMs e não 26, como fora informado. Foi apresentado o atestado de óbito de um dos julgados, que não teve o nome divulgado.
Ontem, duas testemunhas secretas depuseram e, por ordem do juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo, o teor do que falaram não foi divulgado para impedir a identificação dos depoentes.
Só assistiram aos depoimentos os jurados, os advogados, os promotores e o juiz.
A Folha ouviu sete especialistas. Quatro disseram que o juiz errou ao proibir a divulgação dentro de um processo público. Para os outros três, a decisão foi acertada.
O governador na época, Luiz Antonio Fleury Filho, e seu secretário da Segurança, Pedro Franco de Campos, também depuseram ontem. Ambos voltaram a afirmar que a entrada da PM no pavilhão 9 foi necessária.