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PMs presos no Rio irão da cadeia para a rua

Decisão beneficia policiais retidos em quartéis em todo o Estado; protestos fizeram PM cancelar folga da tropa

Medida chega no momento em que comissão investiga atuação das polícias nos protestos de rua

BRUNA FANTTI MARCO ANTÔNIO MARTINS DO RIO

Com elogios à atuação da PM na Jornada Mundial da Juventude e nas manifestações nas ruas do Rio, o comandante-geral da Polícia Militar no Estado, coronel Erir da Costa Filho, decidiu perdoar punições aplicadas por ele a policiais da corporação que se encontram presos em quartéis.

Os detidos serão soltos e poderão voltar a trabalhar nas ruas. Na ficha funcional, a menção à ocorrência será mantida, mas agora sem consequências práticas.

PMs que tiveram a prisão decretada pela Justiça serão mantidos presos.

O efetivo da PM do Rio é de 44 mil policiais. Procurada, a assessoria da PM não informou quantos policiais serão beneficiados.

Com os eventos recentes e o acirramento das manifestações, as férias e folgas dos policiais foram interrompidas.

"A medida se refere a casos de menor potencial ofensivo", disse a corporação, em nota. A Secretaria de Segurança Pública não se pronunciou sobre o tema.

Os motivos que podem levar PMs a ser detidos vão de faltas a envolvimento com traficantes ou jogo do bicho.

A decisão foi publicada na edição de 1º de agosto do Boletim Reservado da PM, documento distribuído só aos oficiais da corporação, como majores, tenentes e coronéis.

Na nota, o coronel afirma que havia "um quadro desfavorável" em relação a desvios de conduta de PMs. Hoje, "ao analisar a moral da tropa", continua, houve "significativa redução dos índices de ocorrências".

Costa Filho cita "o alto grau de profissionalismo" dos PMs observado nos grandes eventos recentes no Rio, como Copa das Confederações e Jornada da Juventude, e "nas manifestações populares pacíficas e nos protestos ilegítimos e violentos".

A atuação das polícias nos protestos foi criticada por grupos de direitos humanos e está sendo investigada por comissão criada pelo governador Sérgio Cabral (PMDB).

E o sumiço do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza após uma abordagem policial tem provocado protestos.

O perdão do coronel destoa do discurso da PM e da secretaria, de que "cortariam na própria carne".

Quando assumiu a corporação, em outubro de 2011, Costa Filho disse a policiais próximos que entraria para a história como o "comandante que limpou a PM do Rio".


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