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Explosão de botijão em casa na zona norte soterra família

Quatro pessoas ficaram feridas, entre elas uma criança de 1 ano e 3 meses

Mãe do bebê ficou mais de 5 horas sob os escombros; quatro imóveis da vizinhança foram interditados

DO "AGORA"

Quatro parentes se feriram ontem após ficarem soterrados entre os escombros de uma casa que explodiu na Brasilândia (zona norte).

O acidente, segundo os bombeiros, foi causado por um botijão de gás, que explodiu às 7h30 em uma das três casas de um mesmo terreno.

A auxiliar de limpeza Jaqueline Rodrigues dos Santos, 19, foi resgatada às 12h40, após ficar mais de cinco horas soterrada até o pescoço. De manhã, foram retiradas outras três pessoas, incluindo o filho dela de um ano e três meses, que teve ferimentos leves.

Os bombeiros afirmam que a remoção de Jaqueline foi delicada porque as paredes de outras casas ameaçavam cair sobre ela. "É preciso tirar pedra por pedra", disse o tenente-coronel Nilton Miranda.

Jaqueline foi levada para o Hospital das Clínicas, onde está internada. Segundo seu marido, o auxiliar de limpeza Adeilson Rodrigues do Carmo, 26, ela teve fraturas nas duas pernas e seu estado é considerado estável.

A primeira vítima socorrida foi Carlos Henrique da Silva, 10, que tem problemas para se locomover. Os bombeiros disseram que ele fraturou a tíbia (osso na perna).

Ele é neto do ajudante Edízio do Carmo Silva, 62, dono das casas, que foi o segundo a ser retirado dos escombros. Com 30% do corpo queimado, ele foi levado para o HC e seu estado é grave. Edízio é sogro de Jaqueline

CHUVA DE PLÁSTICO

"Com a explosão, choveu garrafa PET no telhado dos vizinhos", disse Fábio de Moraes, dono de um supermercado na rua do acidente.

Segundo ele, Edízio Silva, o dono da casa que explodiu, guardava garrafas plásticas para vender para reciclagem. "Devia ter cerca de 10 mil unidades", afirmou.

Moraes e outros moradores foram os primeiros a chegar até as vítimas. "Retiramos o garoto de dez anos, que tem problemas para se locomover. Quando percebemos, tinha mais gente nos escombros", relatou.

Pouco depois, o Corpo de Bombeiros chegou e começou o resgate das vítimas.

Vizinhos que pediram para não ser identificados afirmaram que Silva discutiu com parentes de manhã.

Disseram ainda que, uma hora antes da explosão, ouviram Silva bater em um botijão.

Segundo o investigador Roberto Camacho, Silva foi ouvido no hospital e negou ter causado a explosão. "Ele disse que o botijão estava com um vazamento e ele ficou batendo para tirar o registro."

De acordo com a Defesa Civil, a casa da família foi destruída e quatro imóveis da vizinhança foram interditados. No total, 17 pessoas ficaram desalojadas. (TATIANA CAVALCANTI E PAULA FELIX)


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