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Cotidiano

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Após agressão, Alckmin quer câmeras na Fundação Casa

Governador afirma que violência contra internos é inadmissível e absurda

Ministério Público vai investigar se há mais funcionários envolvidos no caso; cinco foram afastados

DE SÃO PAULO DO "AGORA"

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que estuda implantar câmeras em todas as unidades da Fundação Casa (antiga Febem).

A declaração foi dada ontem, um dia após a exibição de imagens de agressões a seis internos por agentes no Centro de Atendimento João do Pulo, no complexo da Vila Maria (zona norte). O vídeo foi exibido anteontem pelo "Fantástico", da TV Globo.

Questionado pela reportagem sobre as medidas seriam tomadas contra os abusos mostrados, Alckmin disse que "conversando com a diretora da Fundação Casa, há possibilidade de colocar câmeras em todas as unidades".

O governador qualificou como "inadmissíveis e absurdas" as condutas dos agentes públicos e defendeu a exoneração dos envolvidos.

Até ontem, a Fundação Casa tinha afastado cinco agentes --o diretor da unidade e quatro coordenadores.

INVESTIGAÇÃO

O Ministério Público do Estado de São Paulo investiga se mais funcionários torturaram os internos.

"Certamente, há mais funcionários no local [da agressão], mas ainda não sabemos quantos", disse o promotor que investiga o caso, Matheus Jacob Fialdini.

Depois de visitar a unidade, o promotor disse que as imagens do vídeo "são fortes, mas não surpreendentes". "Infelizmente, recebemos uma denúncia de agressão a internos a cada semana."

Segundo ele, na maioria dos casos, porém, as supostas agressões não deixam marcas no corpo das vítimas, o que impede a apresentação de provas.

Fialdini disse, também, que muitos agentes não recebem nenhuma capacitação, além do curso de formação inicial, que dura 15 dias.

A fundação disse que capacita constantemente seus servidores e que o caso é "absolutamente abominável".

A sessão de espancamento aconteceu em maio. Segundo o "Fantástico", as agressões aconteceram após uma tentativa de fuga, no centro de atendimento João do Pulo, que faz parte do complexo Vila Maria.

Nas imagens, enquanto dois coordenadores de segurança agridem os garotos, um chefe dos dois assiste a tudo sem nada fazer. O diretor da unidade também não impediu a ação dos subordinados.


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