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SP testa ônibus que 'fala' e flagra quem invade a faixa

Desde julho, 5 linhas têm dispositivos como wi-fi, alto-falantes, letreiros e câmeras

Sistema também permite identificar automóvel que utilizar corredor exclusivo de forma indevida

ANDRÉ MONTEIRO DE SÃO PAULO

A Prefeitura de São Paulo começou a testar pelas ruas da cidade um modelo de ônibus tagarela e dedo-duro.

Desde meados de julho, 5 das 1.318 linhas da cidade foram equipadas com aparelhos inteligentes que oferecem novos serviços ao passageiro e também podem ajudar o poder público a operar o sistema.

Entre os equipamentos estão alto-falantes ao lado das portas que informam a linha e o destino final cada vez que o ônibus para no ponto.

Dentro do veículo, a voz (feminina e pré-gravada) informa a próxima parada, como no metrô. O objetivo é melhorar o uso do transporte público por deficientes visuais.

Também há letreiros internos com a hora certa e a próxima parada, internet wi-fi grátis e um conjunto de oito câmeras de segurança.

A linha com mais equipamentos é a 509M-10, que liga o Jardim Miriam (zona sul) ao terminal Princesa Isabel (centro), com 20 veículos. Só um deles, porém, já tem câmeras.

Outros aparelhos não são notados pelos passageiros, mas podem mudar a forma de operação do sistema --ou afetar até mesmo usuários de carro que desrespeitam as faixas exclusivas de ônibus.

Na frente do veículo há uma câmera com tecnologia OCR, de leitura automática de placas, capaz de flagrar a invasão desses corredores por outros veículos. Ou seja, é um tipo de "radar ambulante".

A ideia é usá-la para fiscalizar a invasão das faixas exclusivas --mas hoje ainda não está sendo adotada para multas porque depende de aval de outros órgãos de trânsito.

Os aparelhos são integrados a um computador de bordo e a um GPS, para envio e recebimento de dados de uma central. Por exemplo, os sensores nas portas que registram o entra e sai no ônibus.

"Hoje a gente sabe quantos passageiros andaram, mas não quantos estão neste momento dentro do ônibus. Com a operação controlada, dá pra saber quais ônibus estão lotados e enviar uma ordem ao motorista de não parar mais", diz Adauto Farias, diretor da SPTrans.

Essa comunicação com o condutor é feita por meio de um monitor, pelo qual ele também pode informar problemas no percurso, como alagamentos ou acidentes.

O objetivo do projeto é testar os equipamentos e verificar se eles resistem às condições de uso na capital. Caso sejam aprovados, a intenção é exigi-los das empresas dentro da nova licitação do sistema, que foi adiada para 2014.

Os aparelhos estão sendo fornecidos pelos próprios fabricantes, mas um conjunto completo pode custar até R$ 23 mil por veículo.


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