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Preso acusa irmã por morte de executivo da Friboi
Mulher é acusada de ser mandante de crime
O irmão da empresária Giselma Carmem Campos Carneiro Magalhães, que está sendo julgada pelo assassinato do ex-marido, um executivo da Friboi, foi acusada pelo irmão de ter sido a mandante do crime.
O irmão de Giselma, Kairon Vaufer Alves, que está preso, também é réu no julgamento, no Fórum da Barra Funda (zona oeste). Em seu depoimento, ela negou.
Humberto de Campos Magalhães, diretor-executivo da Friboi, foi morto a tiros em 4 de dezembro de 2008, na Vila Leopoldina, zona oeste.
Giselma e Magalhães foram casados por 20 anos e, na época do crime, estavam separados. Segundo o Ministério Público, a empresária mandou matar o ex-marido por ciúme e "medo de perder o status financeiro".
A empresária chegou a ser presa por um ano e cinco meses e foi solta após conseguir um habeas corpus, em 2011.
Alves, que confessou participação no crime, acusou a irmã ao depor ontem, terceiro dia do julgamento.
Disse que ela o procurou no Maranhão e pediu ajuda, alegando que era ameaçada pelo ex-marido. O preso afirmou que concordou em auxiliá-la e viajou para São Paulo. "Ela pagou a passagem e a hospedagem", relatou.
O presidiário afirmou que, na cracolândia, conheceu Osmar de Lima e Paulo Santos, já condenados pela morte do executivo. Segundo Alves, os dois pediram R$ 30 mil para assassinar Magalhães.
Ainda segundo Alves, Giselma lhe deu o celular do filho caçula, Carlos Eduardo, para atrair o executivo para uma emboscada.
Pelo relato, Lima ligou para o executivo com esse aparelho e disse que o rapaz estava drogado e caído na rua. Magalhães foi até lá e acabou morto a tiros por Lima.
Alves alegou que resolveu acusar a irmã como mandante porque estava arrependido e envergonhado. "Peço desculpas aos familiares e filhos da vítima. É uma dor que nunca vai cicatrizar", disse.
Giselma depôs em seguida e alegou inocência. Disse que seu irmão a acusou porque ficou insatisfeito quando ela lhe negou dinheiro na época.
Ela afirmou que seu ex-marido tinha negócios com Alves e que o irmão lhe contou que teve uma discussão com o executivo no momento do crime. A arma teria disparado acidentalmente.
A sentença deve ser anunciada hoje.