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Clube Tietê dará espaço a centro para formar atletas

Com dívida, espaço de 105 anos foi despejado

MORRIS KACHANI DE SÃO PAULO

Encravado na marginal, na altura da ponte das Bandeiras, o Clube de Regatas Tietê, segundo mais antigo da cidade, deve encerrar hoje 105 anos de uma trajetória que combina pioneirismo, décadas de glória e decadência.

Impossível dissociar o infortúnio da poluição do rio que o batizou.

A agremiação, que já foi frequentada por famílias paulistanas tradicionais, teve entre seus esportistas a tenista Maria Esther Bueno (tricampeã mundial de Wimbledon em 1959, 60 e 64) e a nadadora Maria Lenk (recordista mundial de nado de peito).

Até amanhã, ela precisa desocupar o terreno de 50 mil metros quadrados que pertence à prefeitura, por determinação da Justiça.

Em nota, a Secretaria de Esportes informou que o espaço receberá um centro de formação de atletas em alto rendimento e iniciação esportiva aberto à comunidade.

O complexo do Tietê foi construído para atender a 23 modalidades esportivas. O clube vinha conseguindo manter em atividade sete quadras de tênis, quatro piscinas, cinco quadras externas, dois ginásios fechados, um campo de futebol oficial e uma pista de atletismo.

Até duas décadas atrás, o Tietê reunia cerca de 30 mil sócios. Hoje, restam 1.500. Boa parte com mais de 60 anos, mas atletas no passado. A mensalidade era de R$ 40.

Com o objetivo de aumentar a receita, a administração vinha alugando o salão da sede social para a realização de eventos e bailes. Mesmo assim, acumulou cerca de R$ 40 milhões em dívidas.

A atmosfera entre a direção do clube e conselheiros é de inconformismo. No mesmo ano em que o Tietê perde seu espaço, a prefeitura encaminhou um projeto que prevê a renovação do contrato de comodato (cessão de terreno) e renegociação das dívidas de outros oito clubes.

A Prefeitura de São Paulo afirma que o contrato do Tietê está vencido e o clube cometeu irregularidades, como alugar parte da área pública municipal para a exploração comercial de terceiros.


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