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Roosevelt já tem bancos e piso quebrados
Dos 22 assentos disponíveis, só quatro estão em bom estado; destruição inclui lixeiras pichadas e piso tátil se soltando
Reforma da praça, na região central da cidade, foi concluída há cinco meses e custou R$ 55 milhões à prefeitura
Reinaugurada há cinco meses após uma reforma que consumiu R$ 55 milhões, a praça Roosevelt, na região central, já tem bancos de madeira quebrados, lixeiras pichadas, vidros quebrados e piso tátil para deficientes visuais se desprendendo.
Moradores e frequentadores culpam os skatistas pela maior parte dos problemas. Os skatistas afirmam que procuram preservar o local.
"É um absurdo a praça estar dessa forma após reforma tão cara. Os skatistas poderiam ter mais educação e noção para conservar o espaço", diz o cozinheiro José Otávio Santos, 53.
A maioria das reclamações é sobre os bancos de madeira. Dos 22 disponíveis para uso, apenas 4 estão em bom estado. O restante tinha problemas como desgaste, pichação e pregos soltos.
Segundo moradores do entorno, o impacto das manobras de skate deixa os bancos deteriorados e afrouxa os parafusos, que ficam expostos.
"Tenho medo de sentar em um prego e me machucar, pois não enxergo muito bem", diz Sueli Rodrigues, 83.
Na manhã de ontem, a madeira de dois bancos bastante utilizados por skatistas estava solta, jogada no chão.
Na caixa-d'água, que fica ao lado da base da Guarda Civil Metropolitana, há uma estrutura de vidro que está quebrada. Uma cabana usada para exposições tem um vidro rachado. Na parte próxima à rua da Consolação, há seis lixeiras -três estão pichadas.
Os corrimãos estão com a pintura gasta e quebrados.
No início do mês, após uma série de atritos entre skatistas e moradores, a prefeitura delimitou uma área para a prática do esporte. O espaço vai da igreja da Consolação à rua João Guimarães Rosa.
Edson Scander, da Confederação Brasileira de Skate, que participou da negociação com a prefeitura, conta que a área reservada passará por uma reforma para adequar o espaço à prática do skate.