Folha de S.Paulo

Circuitos de rua são recordistas de público na temporada da Stock Car

SALVADOR E RIBEIRÃO REÚNEM MAIS DE 40 MIL PESSOAS EM CADA GP DA MODALIDADE

LUIS FERNANDO WILTEMBURG COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Sétima de 12 etapas da temporada deste ano, a disputa em Ribeirão é a segunda a atrair mais público na Stock.

A principal modalidade do automobilismo brasileiro bate recordes de público em Salvador (BA), a primeira colocada, com 43 mil pessoas, e Ribeirão (40 mil), segundo a Vicar, organizadora do campeonato. Ambas são as únicas provas de rua.

A Stock surgiu em 1979 como um campeonato de apenas uma marca de automóvel, a Chevrolet, e teve como primeiro campeão Paulo Gomes, de Ribeirão Preto, pai do também piloto Marcos Gomes. Hoje, reúne também veículos da Peugeot.

As 12 etapas são disputadas em cinco Estados e no Distrito Federal. A última, a Corrida do Milhão, ocorre em Interlagos, em São Paulo, e vale o dobro de pontos.

Em relação à Fórmula 1, a principal diferença está no modelo dos veículos. A F-1 utiliza carros montados exclusivamente para a competição, enquanto a Stock adapta veículos de passeio --34 pontuaram neste ano.

Para Maurício Slaviero, diretor da Vicar, a adoção de carros de turismo permite mais equilíbrio na disputa do que os veículos monoblocos -- de Fórmula 1, por exemplo. "Na F-1, as rodas estão expostas e, se uma tocar na outra, os carros decolam. Os de turismo não têm essa característica e andam mais próximos, tanto que a diferença entre o primeiro e o último colocado é mínima."

Os carros também têm um botão de ultrapassagem, uma espécie de turbo. Ao acioná-lo --no máximo seis vezes por prova--, ganha potência de até cem cavalos.

Os motores são feitos pela mesma empresa e as equipes podem mudá-los pouco.