Folha de S.Paulo

Novo traçado recebe elogios, mas retas curtas são criticadas

EXPANSÃO IMOBILIÁRIA "EXPULSOU" CORRIDA DE REGIÃO NOBRE DE RIBEIRÃO PRETO APÓS 3 ANOS

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Sai a zona sul e entra o Distrito Empresarial, na zona norte. O novo traçado da Stock Car em Ribeirão foi elogiado por alguns pilotos, mas também sofreu críticas.

A expansão imobiliária da zona sul, palco das primeiras três corridas, obrigou a prefeitura e a Vicar, que promove o campeonato, a buscar outro lugar para a prova.

No Nova Aliança, onde ocorreu até 2012, as ruas receberam nova pavimentação em 2010, primeiro ano da prova. A rotatória próxima ao Novo Mercado também foi cortada para o trajeto da pista.

Segundo o secretário de Turismo, Tanielson Campos, as construções na região ocuparam os terrenos que antes eram usados para estacionamento e arquibancadas.

"O asfalto [no novo circuito] já é diferenciado, porque tem tráfego de caminhões pesados e equipamentos. Além disso, as avenidas são largas, facilitam ultrapassagens."

O novo traçado tem formato similar à letra P, com curvas fechadas, que agradaram Átila Abreu, vencedor de duas provas em Ribeirão.

Mas o circuito também sofreu críticas. Para o ex-piloto Paulo Gomes, quatro vezes campeão da Stock, a prova terá retas curtas e curvas que limitam a velocidade, pois são muito fechadas. "Sempre gostei de curvas de alta velocidade, mas é o que teve condição de ser feito."

Mas ele crê que há chances de ultrapassagens com o uso do botão que aumenta a velocidade em 25 km/h --foi em média de 137 km/h no circuito de Salvador, que é de rua.

Gomes sugeriu uma reta mais longa, em um traçado diferente, usando como pista trecho que se tornou a entrada dos boxes. Porém, disse que a existência de indústrias no fim da reta poderiam tornar perigoso o traçado.

O novo local também tem o objetivo, segundo Campos, de trazer investimentos. "A Stock gera uma divulgação grande e a prefeitura lançou a terceira fase do Distrito Empresarial", onde será a corrida. "Queremos que empresas venham para Ribeirão."