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Análise

Disputa entre partidos seguirá como marca da nova Presidência

GERALDO ZAHRAN ESPECIAL PARA A FOLHA

Em 2008, a maior promessa de Barack Obama era trazer mudança aos Estados Unidos. Depois de eleito, o presidente percebeu o quão difícil seria governar dentro das estruturas de Washington. Em 2012, essa realidade permanecerá inalterada.

Desafios imediatos esperam o presidente. Em 1º de janeiro de 2013, entram em vigor cortes automáticos no Orçamento federal de US$ 109 bilhões. As reduções são fruto de um acordo no Congresso que aumentou o limite da dívida pública em 2011, às vésperas de uma moratória do país.

Na mesma data, encerram-se as reduções de impostos da era Bush. Alíquotas de Imposto de Renda serão elevadas em meio a uma lenta recuperação econômica. As duas medidas retirarão cerca de US$ 500 bilhões da economia, colocando o país em recessão no primeiro semestre de 2013.

O presidente também terá de negociar um novo aumento do limite da dívida pública. Com o atual ritmo de emissão de títulos, o teto da dívida de US$ 16,2 trilhões será atingido até o fim do ano. Outra disputa prolongada poderia colocar o país na mira das agências de crédito internacionais.

Tais consequências podem ser evitadas caso haja acordo no Congresso. As projeções eleitorais não indicam alterações: devemos continuar com uma Câmara republicana e um Senado democrata.

Republicanos querem a diminuição do tamanho do governo, e seu principal alvo são os programas de assistência social. O partido recusa qualquer proposta de aumento de impostos para equacionar o deficit. Democratas defendem a rede de proteção social, aceitando apenas cortes pontuais. Impostos sobre os mais ricos seriam o melhor método para sanar os problemas do governo.

Dinâmicas demográficas e eleitorais acabaram fortalecendo alas radicais dentro dos partidos.

Isso é mais notório em relação à facção republicana do Tea Party, mas também existem progressistas democratas relutantes em fazer qualquer tipo de concessão.

Um grande acordo teria de incluir tanto cortes quanto aumento de receita via impostos. Nos últimos quatro anos, Obama não conseguiu convencer os republicanos, e agora também enfrenta desconfiança democrata.

Nada indica que Romney teria melhor sorte com republicanos radicais. O maior desafio para o vencedor da eleição será garantir a sustentação da economia do país em meio ao ambiente de polarização partidária.


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