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Arrecadação deve cair em relação a 2008

Crise e ausência de primárias democratas afeta finanças das duas campanhas, que levantaram juntas US$ 1,17 bi

Número não contabiliza gastos por fora feitos por comitês de ação política e lobistas que se dizem independentes

DA ENVIADA A CHICAGO

A crise e o fato de, na prática, não ter havido uma primária no partido democrata tiveram efeito sobre a arrecadação de campanha presidencial dos EUA neste ano.

Após registrar índices históricos e levantar US$ 1,68 bilhão entre democratas e republicanos em 2008, a arrecadação dos candidatos até o dia 25, o último disponível, faltando 20 dias de campanha para computar na Comissão Federal Eleitoral (FEC), somava US$ 1,17 bilhão.

O valor está 30% abaixo do que o obtido na campanha presidencial anterior.

Embora houvesse expectativa de arrancada na reta final, com candidatos, partidos e grupos independentes de apoio investindo pesado em comerciais nos Estados indecisos, é improvável que em três semanas se tenha obtido metade do dinheiro obtido em mais de um ano.

Com isso, pode crescer a participação de grupos de lobby independentes que pagam comerciais contra um ou outro candidato sem precisar prestar contas.

Em 2008, o então senador Barack Obama arrecadara US$ 747,8 milhões, um recorde alimentado principalmente pelas pequenas doações, enquanto sua rival nas primárias partidárias, Hillary, outros US$ 223,9 milhões.

O democrata ainda pode alcançar a marca neste ano, embora a tarefa seja dura: até o dia 17, ele havia conseguido US$ 632,2 milhões. Ontem, os chamados "bancos telefônicos" -mutirões de voluntários que ligam para pedir doações e votos- operavam a toda em comitês pelo país.

Já do lado republicano, Mitt Romney já havia superado, no último registro na FEC, a marca do candidato de 2008, John McCain. Romney contava com US$ 388,7 milhões, mais de 10% a mais do que os US$ 351,5 milhões que McCain obteve na campanha.

A arrecadação de todos os candidatos republicanos, inclusive os derrotados nas primárias, somava US$ 536 milhões até dia 17, ante US$ 605 milhões em 2008.

Esses números, segundo a FEC, incluem doações feitas por indivíduos, o próprio partido, grupos de apoio político ao comitê dos candidatos e até investimentos feitos pelos próprios candidatos em sua campanha.

Em 2008, a campanha presidencial consumiu US$ 1,60 bilhão. Neste ano, faltando ainda os 20 dias finais, havia consumido US$ 1,02 bilhão -US$ 481 milhões do lado republicano, sendo que US$ 336 milhões foram para a campanha de Romney, e US$ 540 milhões, do democrata.

GASTOS POR FORA

Mas os gastos do comitê de campanha dos dois candidatos, que produziram esses números, são apenas uma fração do gasto total.

Por fora, somam-se também despesas feitas por comitês de ação política e outros grupos de interesses de forma independente, sem passar pela campanha e -no caso dos últimos- sem submeter a limites legais nem inspeções da FEC.

Para complicar, o intrincado sistema americano ainda permite que esses grupos façam doações entre si.

Se considerados todos esses diferentes atores, segundo o Centro por uma Política Responsável, que monitora finanças eleitorais, o gasto total do lado democrata sobe para US$ 932 milhões, e do lado republicano, para US$ 1,03 bilhão.


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