Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Queda de laje na obra da arena mata funcionário

PALMEIRAS Polícia investiga causa de acidente que deixou outro ferido

FABIO LEITE MARCEL RIZZO DE SÃO PAULO

A queda de parte da arquibancada na obra da Arena Palestra, o novo estádio do Palmeiras, na zona oeste de São Paulo, matou ontem um operário e deixou outro ferido.

Segundo a polícia, Carlos de Jesus, 34, morreu ao cair com uma laje após quatro vigas cederem em área na qual estavam sendo construídos camarotes da arena.

Já o funcionário Crispiniano dos Santos, 22, teve ferimentos leves na cabeça e no punho, após avaliação na Santa Casa de São Paulo, e não corre risco de morrer.

Os dois eram funcionários da empresa TLMix, prestadora de serviço da construtora WTorre, responsável pela obra, para o fornecimento e montagem dos pré-moldados em concreto.

Três pessoas que estavam na obra já foram ouvidas pela polícia e o laudo da perícia feita no local do acidente deve ser concluído em 30 dias.

"O laudo vai indicar a provável causa do acidente e as oitivas, os responsáveis por cada pedaço da obra", disse o delegado Marco Aurélio Batista, do 23º DP (Perdizes).

Segundo ele, um terceiro operário escapou da queda segundos antes porque deixou a laje para pegar um cabo de aço. Engenheiros da TLMix e da WTorre serão ouvidos nos próximos dias.

Uma área de 4.800 m² foi interditada pela Defesa Civil por tempo indeterminado. A WTorre informou que deve retomar os trabalhos amanhã --hoje respeitará luto.

A Defesa Civil descartou, em um primeiro momento, que o acidente tenha relação com o fato de o setor comprometido estar acima daquele que está sendo construído sobre a antiga arquibancada do estádio Palestra Itália.

O trecho não pôde ser demolido por determinação da Prefeitura de São Paulo porque o clube e a construtora usaram um alvará de reforma, de 2002, para iniciar a obra. Para demolir todo o estádio seria preciso um alvará de construção.

Em 2011, a WTorre e o Palmeiras receberam promessa do ex-prefeito Gilberto Kassab de que haveria alteração de lei que permitiria a demolição de todo o estádio. Isso não ocorreu e a WTorre está tendo que construir as novas arquibancadas sobre a velha.

A Folha apurou que isso, além encarecer a obra --o custo total saltou de R$ 300 milhões para R$ 500 milhões--, está atrasando a conclusão. A entrega do estádio, prevista para o final de 2013, pode ficar para maio de 2014.

Desde 2011, o Ministério Público Estadual tenta embargar a obra por causa da data do alvará. Em fevereiro deste ano, a Justiça determinou que uma perícia fosse feita pelos promotores no estádio, mas um recurso da WTorre impediu a ação.

Em nota, a construtora informou ter oferecido assistência psicológica e material aos familiares das vítimas e que está colaborando com a polícia, ao lado da TLMix.

A promotoria disse que vai aguardar a investigação antes de se manifestar.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página