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PVC na Copa

É o fim da picada

O placar eletrônico da Fonte Nova escrevia Brasil 0 x 0 Peru e logo abaixo a frase: "É o fim da picada!" O fotógrafo Sérgio Sade captou o momento exato. Sua foto virou um clássico para explicar como Salvador viveu a Copa América de 1989, a última competição oficial de futebol disputada no Brasil antes da Copa das Confederações 2013.

"É o fim da picada!" era o slogan da campanha de prevenção da AIDS, mas casava perfeitamente com o péssimo futebol da seleção de Lazaroni. Ela só jogou bem quando saiu da Bahia para ganhar o torneio no Recife e no Rio.

Jogou mal na Fonte Nova em parte pelo boicote da torcida baiana, insatisfeita pela escalação do centroavante Charles, do Bahia, no banco de reservas.

O protesto era estúpido e atrapalhou a seleção. As manifestações atuais têm poupado o time de Felipão. Em Fortaleza, uma faixa dizia ser contra a corrupção, não contra a seleção. É justo!

Em 1989, até o baiano Charles ficou triste: "Eu me sentia culpado, como se eu estivesse causando tudo aquilo, como se eu estivesse forçando uma situação para ser escalado", disse ontem, 24 anos depois.

Sempre fica uma lembrança da recepção ácida de 1989, quando a seleção volta à Bahia. O Brasil jogou dez vezes em Salvador, ganhou seis, empatou quatro. Estreou em 1981 e foi aplaudidíssima ao ganhar da Espanha por 1 x 0.

Telê Santana foi populista e escalou o lateral Perivaldo, baiano de nascimento, botafoguense por profissão.

Também foi aplaudida na última visita, em 2009, vitória por 4 x 2 sobre o Chile, com Daniel Alves improvisado no meio-de-campo, camisa 7. Hoje, Daniel vestirá a camisa 2. Bom baiano, bom motivo para a Fonte Nova incentivar.

Não o único.

A Copa das Confederações tem desmentido um suposto desprezo da torcida brasileira pela seleção. Dentro do estádio, ouvem-se gritos de Brasil e Lêlêô, Brasil!, como no Maracanã dos anos 70. Há também a cantoria chata do muito orgulho e muito amor, mas repetida menos que no passado. A plateia também se comporta como torcida.

"Ouvíamos que poderia haver vaia e pressão e foi tudo bem diferente. Só temos tido apoio e em Fortaleza foi emocionante", diz Carlos Alberto Parreira.

Ver Salvador como o Ceará de sábado e não como a Bahia de 1989 é importante num jogo como o de hoje. Será o duelo contra Balotelli, sempre difícil. É um clássico. A Itália fez 24 partidas oficiais com Cesare Prandelli. Só perdeu uma, a final da Eurocopa contra a Espanha.


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