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Foco

Voluntário tetraplégico escolheu função após encontro com Pelé

DO ENVIADO AO RECIFE

Quem entra no centro de credenciamento da Arena Pernambuco logo consegue vê-lo. Em frente a um computador, em uma área interna, está Bruno Viana, 35. Tetraplégico, ele é o único deficiente físico que atua como voluntário da Fifa no Recife.

Não era para ele participar da Copa das Confederações, não fosse uma visita que recebeu em 2011, quando uma empresa de telefonia o contatou para fazer um comercial na sua casa, em Maria Farinha (a 35 km do Recife).

Pelé era a estrela da propaganda. "Ele esteve na minha casa", lembra. "Nunca fui muito chegado a futebol, mas, depois que vi a simplicidade dele, mudei. O Pelé me disse: Quero ver se você torcerá para o time que eu torço. Vou te mandar a camisa do Santos autografada por mim e pelo Neymar".

Uma semana depois da gravação a camisa chegou.

A tetraplegia, oriunda de um acidente de moto há seis anos, não foi empecilho para que a aproximação de Bruno com o futebol, iniciada por Pelé, se estreitasse.

Quando soube que Recife sediaria a Copa das Confederações, Bruno decidiu se inscrever para ser voluntário da Fifa. "Fui alocado de acordo com a minha capacidade. Fico mexendo no computador. Não adiantaria me colocar no meio do povo", conta.

Como mora a aproximadamente 50 km do estádio, Bruno penou na primeira semana de trabalho. "Tinha que pegar dois ônibus e dois metrôs para ir. Saía de casa às 5h e só voltava às 22h."

Depois de relatar sua dificuldade para ir trabalhar, a Fifa disponibilizou um carro para buscá-lo e levá-lo.

"Quero mostrar para as pessoas que não somos inválidos. Podemos fazer muitas coisas", declara Bruno.


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