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Lá e cá

Em duelo repleto de sofrimento e alternativas, Brasil bate o Uruguai por 2 a 1 graças a dois lances decisivos de Paulinho

DOS ENVIADOS A BELO HORIZONTE

O jogo entre Brasil e Uruguai foi uma moeda lançada ao alto. Nem quando Paulinho fez de cabeça, aos 41 min do segundo tempo, o gol que decidiria a partida, a seleção se sentiu segura da vitória.

O técnico uruguaio Oscar Tabárez citou o filme "Match Point", de Woody Allen, para descrever a partida.

"Essa bola pode ir para um lado ou para o outro, o imponderável pode decidir. Se essa bola do Cavani entra, poderia ser o fim", disse, sobre um lance no fim do jogo.

Do outro lado, Luiz Felipe Scolari afirmou: "Nunca nos sentimos donos da vitória".

Com muito sofrimento, a seleção se garantiu na final da Copa das Confederações, que ocorrerá às 19h do próximo domingo contra o vencedor de Itália x Espanha.

O primeiro tempo foi muito parelho. O Brasil não conseguia escapar de nenhuma das armadilhas defensivas criadas pelo Uruguai.

A diferença esteve nos pés daqueles que são responsáveis por alterar placares.

Daniel Alves e Marcelo não conseguiam sair jogando graças ao esforço de Suárez e Cavani na marcação, e o meio estava trancado. Oscar e Hulk estiveram apagados, a bola mal chegava a Neymar e Fred.

O Uruguai se propunha a controlar o jogo desde atrás e conseguia. Aos 13 min, após um escanteio, David Luiz fez pênalti em Lugano. Forlán perdoou o erro: bateu no canto esquerdo de Júlio César, que voou para defender.

Até então calado, o Mineirão acordou. A gritaria da torcida logo se transformou em cobranças: os atleticanos pediam a entrada de Bernard.

A poucos minutos do fim do primeiro tempo, Paulinho fez um lançamento longo e milimétrico para Neymar, que dominou e chutou para a defesa de Muslera. No rebote, Fred mandou para o gol.

A festa durou pouco. Aos 3 min do segundo tempo, nova falha da zaga pôs o Brasil em risco. Thiago Silva tentou sair jogando. O passe parou no pé de Cavani, que empatou.

Os outros 45 minutos de partida, acréscimos incluídos, foram desesperadores para torcida, time e comissão técnica. O Brasil teve mais posse de bola (65% a 35%), mas correu muitos riscos.

A um minuto do fim, Felipão tirou Neymar para a entrada de Dante --exemplo da aflição que reinava ali.

"Terminamos o jogo dentro da área do Brasil", reivindicou Tabárez, com razão. "Perdemos para um grande time", emendou. Também com razão. (MARCEL RIZZO, MARTÍN FERNANDEZ E SÉRGIO RANGEL)


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