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Gestor do Maracanã prevê vender pacote de ingressos
FUTEBOL
Empresa estima que ao menos 45% dos assentos serão reservados
O plano de negócios do gestor do Maracanã prevê que 45% dos ingressos sejam comercializados fora dos postos de vendas tradicionais. Serão destinados sobretudo a empresas e pessoas físicas que queiram comprar assento para toda a temporada.
Esses assentos, negociados diretamente pela concessionária, são aqueles localizados na faixa central do campo. A venda avulsa por jogo ficará restrita, nos planos da empresa, aos 43 mil assentos atrás do gol, cuja renda será destinada aos clubes.
A capacidade do estádio é de 78 mil pessoas.
No antigo formato, havia venda avulsa para todos os setores do estádio, exceto camarotes e tribuna de honra.
Segundo o presidente do consórcio, João Borba, a venda corporativa visa encher o caixa da empresa para realizar os investimentos exigidos pelo governo do Estado, estimados em R$ 594 milhões.
"A nossa ideia é vender ao máximo corporativo. Queremos oferecer para o público, pessoa jurídica ou pessoa física, um pacote, como é em todas as arenas do mundo."
A intenção da empresa é que a venda avulsa de sua cota ocorra apenas com a sobra dos pacotes corporativos.
A nova direção do estádio vai também discutir com os clubes hábitos dos torcedores. Está na mesa o uso de bambus como mastros de bandeiras e bumbos.
Borba disse que ainda não há definição sobre proibição dos acessórios. Mas afirmou que o objetivo é garantir o tripé que a empresa considera ideal: acessibilidade, conforto e segurança.
"A tradução desse tripé é que cada vez venham mais famílias, crianças. É legal se o ambiente for tipo Brasil e Espanha. Todo mundo brincou, ficou animado e não houve nenhum conflito. Tudo que puder atrapalhar isso deixa a gente preocupado."
Borba nega que a decisão vá elitizar o público do estádio, como acusam os críticos da concessão. Para ele, não há qualquer risco de assemelhar a torcida brasileira com a europeia.
"Você viu a torcida de Brasil e Espanha? Nada a ver com o europeu. O povo em pé, cantando o hino. Isso que eu quero. Foi saudável, bonito, todo mundo se divertiu. E não tem nada de europeu."
CLUBE DEFINE PREÇOS
Segundo o presidente da empresa, os preços mais baratos devem ficar na área destinada aos clubes.
"O clube faz o que ele quiser fizer com relação a preço. Isso porque a gente quer preservar que o estádio tenha níveis de preço zero até o valor VIP lá em cima. E o clube é que está perto do torcedor."
O Fluminense fechou contrato com o gestor do estádio sob os moldes da empresa. O clube ainda não divulgou preço dos ingressos.
O Flamengo negocia para garantir participação na venda de camarotes. O rubro-negro tenta, com isso, abrir brecha para reduzir preços em alguns dos setores.