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O meu Fla-Flu

Assustei Nova York com o gol de barriga de Renato Gaúcho

ANDRÉ BARCINSKI CRÍTICO DA FOLHA

Meu Fla x Flu inesquecível foi um que não vi.

Em junho de 1995, eu morava em Nova York e não tinha como acompanhar os jogos. Transmissões via internet engatinhavam, e não havia a profusão de canais de esportes que existem hoje.

No domingo, 25 de junho, enquanto 110 mil pessoas lotavam o Maracanã, fiz de tudo para conseguir ver o jogo.

Liguei para vários bares de esportes da cidade, e nenhum transmitiria a partida.

O Flu não ganhava um Carioca havia dez anos e enfrentaria um Flamengo mais forte --com Romário e Sávio-- e que só precisava do empate.

O apito inicial se aproximava. Apelei: comecei a ligar a cada cinco minutos para um amigo em São Paulo, que foi passando as atualizações.

"Um a zero, gol do Renato Gaúcho!", "dois a zero, Leonardo!", "terminou o primeiro tempo, 2 a 0, tá tranquilo!".

No meio do segundo tempo, Romário marcou 2 a 1. E quando liguei novamente para meu amigo, pressenti o desastre por seu tom de voz: "F*deu, Fabinho empatou!".

Ouvi os últimos 15 minutos por um método tosco: meu amigo colocou o telefone ao lado de um rádio. E foi assim que ouvi Renato Gaúcho marcar o gol da vitória, aos 42, de barriga. Dei um grito que assustou metade de Nova York.

Até hoje, aquele gol é um mistério. Há quem diga até que Renato era garoto-propaganda de uma churrascaria e, por isso, decidiu fazer um gol de estômago.


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