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Edgard Alves

Sochi e Rio, duas incógnitas

Preparativos para as Olimpíadas de Inverno e de Verão enfrentam etapas críticas

Durante o congresso do movimento olímpico internacional, dias atrás, em Buenos Aires, duas grandes incógnitas ocuparam tanto espaço quanto a eleição de Tóquio, como sede de 2020, e a do alemão Thomas Bach, como presidente do COI: os preparativos dos próximos Jogos Olímpicos, o de Inverno, em Sochi, na Rússia, em fevereiro do ano que vem, e o de Verão, em 2016, no Rio.

Os relatos sobre Sochi não são nada otimistas, mas é o tipo de competição que pouco tem a ver com o Brasil tropical, embora aqui não haja questionamento sobre despesas para enviar equipes àquele evento.

Sochi aponta para dificuldades. Até projeções sobre condições de clima causam arrepios nos organizadores. Para remediar o risco de escassez de neve, eles estocaram o produto no último inverno e preparam-se também para produzi-lo artificialmente.

O comitê organizador dos Jogos do Rio-2016, por sua vez, enfrenta um momento crucial, o de equacionar o reajuste da previsão orçamentária para o evento. Está atrasado na definição sobre quanto vai gastar e de onde virá o dinheiro para pagar a conta.

A estimativa no dossiê de candidatura, em 2009, de US$ 14,3 milhões, está desatualizada com a alteração de vários projetos. Além disso, o acerto de patrocínios privados ficou aquém da previsão inicial, fato acentuado pela queda de força da economia brasileira. Daí, não causa surpresa que os cartolas do COI finalizassem recente visita de inspeção ao Rio com a avaliação de que a organização da Olimpíada vai precisar de mais dinheiro público.

Quanto? Não se sabe, pois o valor depende do reajuste orçamentário, embora não se trate ainda do custo final. Sob o eco das reivindicações populares dos últimos meses, é ou não uma etapa crítica?

Pois bem, a APO (Autoridade Pública Olímpica), que deveria ter papel importante neste momento, anda acéfala, como um avião voando sem piloto. O ex-ministro Márcio Fortes era o responsável pela autarquia, mas pediu exoneração e não foi substituído.

Vinculada ao Ministério do Esporte, a APO foi criada com a função de coordenar as ações públicas nas três áreas de governo --federal, estadual e municipal-- e as obras.

Não se fala em novo comandante nem se rediscute a vocação do órgão, que deveria simplificar trâmites burocráticos e tomadas de decisões. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, não vê relevância na APO, quer sua extinção e diz ter o apoio do governador Sérgio Cabral.

O modelo do órgão foi inspirado em similar da organização de Londres-2012, onde teve êxito. Mas está emperrado, consumindo dinheiro público há três anos. Deveria funcionar como ferramenta importante de controle de gastos e no debate, especialmente quando a pauta trata do bolso do contribuinte, de verba do governo federal. Certo?


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