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Tostão

Muitos gols de placa

Chelsea e Corinthians têm sistemas táticos parecidos. O Corinthians é o mais europeu dos brasileiros

GANHA-SE E perde-se um jogo, uma Copa do Mundo, também por causa de uma bola que bate na trave e entra ou sai, por um erro do árbitro, a favor ou contra, e por dezenas de outros detalhes. Como os jogadores não param de correr, está ultrapassado analisar a maneira de jogar de uma equipe pelo sistema tático. Até o presidente da CBF sabe desenhar em uma prancheta o 4-2-3-1, o sistema dito moderno. O mais importante é discutir os conceitos.

Terminou o Brasileirão. Como mostrou a Folha, diminuiu o número de gols, principalmente os de bolas paradas. Como aumentou o número de faltas, os times devem ter treinado mais e melhorado as jogadas defensivas pelo alto. De qualquer maneira, é nítida a preocupação dos técnicos nas bolas aéreas. Isso é mais fácil de ser ensaiado. Qualquer treinador medíocre aprende a fazer isso.

O Grêmio ficou em terceiro lugar. Discordo da bajulação a Luxemburgo por seus simpatizantes e amigos. O Grêmio contratou excelentes jogadores e, mesmo assim, foi eliminado na Copa do Brasil pelo rebaixado Palmeiras, na Copa Sul-Americana, pelo pobre time do Millonarios, e ainda não conseguiu, com dois jogadores a mais, vencer o Inter, o que seria importante para a Libertadores.

A derrota do Corinthians para os reservas do São Paulo não diminui as boas chances de o time ganhar o Mundial de Clubes, já que o Chelsea venceu apenas duas das últimas dez partidas e corre grandes riscos hoje de ser eliminado na primeira fase da Copa dos Campeões.

Chelsea e Corinthians têm estratégias e sistemas táticos parecidos. Quando perdem a bola, costumam defender com oito ou nove jogadores no próprio campo. Um meia de cada lado marca os laterais. Em alguns momentos, os dois times marcam por pressão. São equipes que deixam poucos espaços entre os setores. O Corinthians é o mais europeu dos times brasileiros.

Por falar em espaços, os técnicos, reunidos na Footecon, deveriam assistir, na íntegra, ao jogo de sábado entre Palmeiras e Santos, como exemplo de como não se deve jogar coletivamente. A maioria dos times brasileiros atua do mesmo jeito. Os zagueiros, dos dois times, não saíam de perto da área, os meias e atacantes não saíam de perto da outra área, e mais ou menos três jogadores de meio-campo corriam de uma área à outra, para preencher os enormes espaços.

Neymar, que é diferente dos outros, voltava para receber a bola, driblava um, corria com a bola, driblava outro, corria com a bola, driblava novamente, até chegar à grande área. Ele, com seu extraordinário talento, capaz de fazer gols maravilhosos contra os melhores times e seleções do mundo -ainda não fez-, será, pela facilidade e magia, todo ano, o mais forte candidato ao gol de placa. Neste ano, deve ser bi. Voto em seu gol.


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