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Todo mundo olha

Antes de entrar em campo, Corinthians lucra com o interesse da mídia e se prepara para a maior exposição que já viveu em sua história

DE SÃO PAULO

O campeão invicto da América e dono do estádio que abrirá a Copa de 2014 vai atravessar o mundo para ser visto por todos. Cinco anos após ser rebaixado para a Série B do Brasileiro, o Corinthians alcança o topo do planeta mesmo se não levar o título: já está no alvo dos holofotes do futebol internacional.

Os jogos no Japão devem ser transmitidos para mais de cem países, segundo a Fifa, que pagará US$ 5 milhões (R$ 11,5 milhões) ao campeão e US$ 4 milhões (R$ 8,4 milhões) ao vice.

Torcedores, cartolas, ex-atletas, patrocinadores e jornalistas verão de perto a nona edição do torneio.

Para o Corinthians, ganhar o troféu será encerrar o estigma de que só foi campeão do mundo quando jogou em casa, quebrar uma hegemonia de cinco anos de títulos dos europeus e ganhar status e dinheiro. O clube chega ao Oriente sabendo que já conquistou seu espaço com uma superexposição na mídia.

Pelo menos sete empresas ofereceram patrocínio de ocasião para os dois jogos -os valores chegaram a R$ 6 milhões. O clube fechou com a Caixa, que ofereceu apenas R$ 1 milhão -em compensação, dará mais R$ 30 milhões apenas no ano que vem, o mais valioso patrocínio de camisa do futebol brasileiro.

"É o maior campeonato já disputado pelo Corinthians em toda a sua história", disse o vice-presidente do clube, Luis Paulo Rosenberg. Dois novos contratos fechados às vésperas do torneio elevam para quase R$ 50 milhões o valor final do uniforme.

Outros parceiros comerciais, como Nike e Gatorade, farão ações especiais no Japão com o clube, que

lucrou com a venda de 2.000 pacotes turísticos, vai comercializar produtos no Oriente e vendeu até com cartões de débito em parceria com uma casa de câmbio.

Enquanto isso, o time treinava. Na beira do campo, jornalistas japoneses, americanos, turcos, chineses e ingleses passaram a dividir o espaço com os colegas brasileiros. A NTV, do Japão, foi três vezes acompanhar o clube.

Os assessores do Corinthians, que lidam com a demanda de veículos de imprensa, dizem que o Mundial bateu a Libertadores -e só o comparam a Ronaldo, fenômeno de exposição em mídia.

Todos queriam entrevistas, participações em programas de TV. Fãs privilegiados e patrocinadores ganharam autógrafos dos jogadores.

Pelo menos 70 jornalistas brasileiros acompanharão o time no Japão -são poucos os países que atraem tamanha mobilização da imprensa até em Copas do Mundo.

Os bons ventos contrastam com o momento conturbado do Chelsea. E o time ganha com isso não só em campo.

Se os europeus se importam menos com o Mundial, a torcida do Chelsea e a mídia esportiva internacional terão bom motivo para acompanhar o torneio: Rafa Benítez.

Raivosos pela demissão de Roberto di Matteo, os ingleses marcam sob pressão o novo treinador, que chega ao Mundial para fazer seu sexto e sétimo jogos pelo time. Todos, inclusive Tite, querem saber como reagirá o milionário time inglês.


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