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Copinha de extremos

Copa São Paulo expõe as diversas condições estádios do Estado, com campos de elite e gramados em má situação

TIAGO RIBAS VINÍCIUS BACELAR COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Copa São Paulo é um dos maiores campeonatos do futebol brasileiro. São 25 sedes e cem equipes em uma competição que tem como objetivo revelar futuros craques.

Mas ao se espalhar por tantos gramados, a competição acaba expondo também os extremos dos estádios do Estado mais rico do país.

Os problemas atingem tanto os jovens atletas, que jogam em campos ruins, como o público, que muitas vezes encontra banheiros mal equipados e arquibancadas de difícil acesso e pouco conforto.

Um dos estádios que recebeu reclamações foi o Dr. Hermínio Ometto, em Araras.

A arena é sede do Grupo G do torneio, do atual campeão Corinthians. Jogam lá também XV de Piracicaba e Americano-MA, além do União São João, o clube local.

O campo do estádio foi criticado pelos jogadores corintianos e virou motivo de piada em transmissões por causa da grama muito alta.

Antes de enfrentar o Americano-MA, na quarta, o lateral esquerdo e capitão do Corinthians, PC, criticou o gramado em que teve de atuar na partida anterior.

"[A grama] estava bem alta mesmo. Ainda não vi como está hoje", comentou.

Depois de ouvir reclamações da comissão técnica e de jogadores, o União São João aparou o gramado para a segunda rodada da competição. O clube disse, por meio de sua assessoria, que não fizera o serviço antes da estreia pois a chuva havia impossibilitado a entrada do trator no campo. Afirmou que o trabalho no gramado poderia comprometê-lo ainda mais.

"Ficaria puro barro e não teríamos tempo de recuperá-lo nem para a Copa São Paulo e nem para o Estadual", justificou o vice-presidente Antônio Carlos Beloto.

O time principal do União São João disputa a terceira divisão do Paulista.

Capitão do time sub-20 de Araras, Vitor Hugo disse que a equipe treinou dois meses com a grama alta. "Agora, com o gramado baixo, vamos correr mais ainda."

Ao avaliarem o campo após a poda, o técnico Odair Patriarca e o jogador Cunha, do XV de Piracicaba, disseram que ele estava em condições de receber jogos, mas que o gramado continuava alto.

Em Guarulhos, no estádio Antônio Soares de Oliveira, sede do Grupo X, a grama alta também motivou a reclamação dos atletas. No entanto, um problema mais agudo surgiu nas arquibancadas.

O estádio não tem acesso para deficientes. Uma cadeirante que foi assistir à partida entre Flamengo de Guarulhos e Vila Nova teve de ser carregada por outros torcedores em sua cadeira para subir as escadas que davam acesso à arquibancada. Procurado pela reportagem, o acompanhante da garota não quis comentar o episódio.

O aposentado Mateus Raimundo da Silva, 68, um dos torcedores presentes no estádio na quarta-feira, reclamou da situação da arena.

"O estádio está precisando de uma reforma. Melhorar o gramado, arrumar o banco de reservas, que está meio quebrado, e melhorar a estrutura em geral para o torcedor."

TOP

Se por um lado leva seus jogos a estádios sem condições ideais, a Copa São Paulo também dá visibilidade a boas arenas do Estado.

Um dos bons exemplos é a Arena Barueri, onde foram disputadas as partidas do Grupo Q, de Palmeiras, Sertãozinho e Confiança-SE, além do Grêmio Barueri.

O estádio, que recebe jogos da primeira divisão, tem assentos em todos os setores e lugares para deficientes físicos. Os jogadores ainda têm amplo vestiário, área de aquecimento na beira do campo e grama bem cuidada.


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