Folha de S.Paulo

Por forma ideal, São Paulo dá milhagem para Ganso

RAFAEL REIS DE SÃO PAULO

A missão de recuperar o bom futebol de Paulo Henrique Ganso transformou o meia em figura quase onipresente em jogos do São Paulo.

O camisa 8, que será titular na equipe de reservas que enfrenta o Penapolense nesta noite, participou de 11 das 12 partidas do time do Morumbi no ano -ficou fora contra o Bolívar, em La Paz.

Hoje, vai se transformar no jogador da equipe tricolor que mais jogos fez em 2013 -ao lado do poupado Aloísio.

"Para atuar como desejamos, Ganso precisa melhorar sua forma. Ele não está nem próximo dos 100%. Ainda precisa ganhar lastro. Teve alguns jogos em que ele fez 90 minutos e saiu extenuado. Isso, pelo menos, já deixou de ser um fardo para ele", explicou o preparador físico do clube, Alexandre Lopes.

Seja como titular do time A, saindo do banco de reservas, ou como reforço de luxo da equipe B, Ganso sempre vai a campo por uma razão.

Transformar o meia, atormentado por lesões nos últimos dois anos, em um jogador de novo capaz de vestir a camisa da seleção é uma das tarefas do São Paulo no ano. E, para recuperar as formas física e técnica, Ganso tem de jogar o máximo possível.

"O São Paulo não tem pressa. Ele está evoluindo jogo a jogo. É legal [participar de quase todas as partidas] porque ele tem que pegar mais confiança", afirmou o coordenador técnico Milton Cruz.

Em 2013, Ganso foi titular em seis partidas, ficou em campo 592 minutos e marcou dois gols. Saindo do banco, deu passe para o gol da vitória por 2 a 1 sobre o Strongest, na quinta, pela Libertadores.

Marcas expressivas para quem teve de esperar dois meses para estrear pelo São Paulo no ano passado devido a mais uma lesão, na coxa esquerda, e que pouco jogou no segundo semestre de 2012.

Contra o Penapolense, Ganso irá liderar um grupo de reservas que tentará recolocar o São Paulo na ponta do Paulista. Os titulares ficarão guardados para a partida de quinta, ante o Arsenal de Sarandí, pela Libertadores.