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"Eu me senti explorada", conta atriz de "Adèle"

RODRIGO SALEM DO ENVIADO ESPECIAL A CANNES

Aos 19 anos, a grega Adèle Exarchopoulos, nunca havia pensado em ser atriz.

"Para mim, era uma grande brincadeira, já que eu não sabia o que fazer da vida, estava perdida. Agora, começo a pensar diferente", contou à Folha a atriz sensação de Cannes.

O magnetismo se justifica não apenas pelas fortes e explícitas cenas de sexo com Léa Seydoux em "La Vie d'Adèle", mas pela emoção que Adéle passa nos mínimos detalhes, do olhar aos trejeitos com os cabelos.

"Foi um trabalho muito cansativo. Eu e Léa passamos um ano juntas para nos conhecermos melhor antes de começar a trabalhar", conta.

"Às vezes, eu não sabia se estavam me filmando, acordava com a câmera na cara. Me senti explorada de certa maneira. Mas valeu a pena, porque o filme é lindo."

Mas não foi fácil ver o filme na gala em Cannes, quando foi aplaudida de pé pela platéia por alguns minutos.

"Meus pais foram comigo e, durante as cenas de sexo, eu fechava os olhos esperando acabar. Mas elas são tão longas, que eu ouvia minha respiração e meus gemidos e só queria gritar de tanta vergonha."

GOOGLE

O receio de Adéle Exarchopoulos era compreensível. Abdellatif Kechiche priorizou longos planos em que as atrizes fazem sexo e nas posições mais reveladoras possíveis.

A primeira cena de sexo do filme, no entanto, é da protagonista com um namoradinho de colégio (o seu namorado na vida real).

"Como minha personagem ainda está experimentando o sexo, eu pude ficar desconfortável com as cenas. Isso me ajudou nas sequências de sexo com Léa."

Na dúvida, Adéle também recorreu à internet. "Eu não sabia onde colocar as mãos. Tive de pesquisar no Google as posições sexuais mais comuns entre as lésbicas", conta ela, que é heterossexual.

"Nunca foi um filme especificamente sobre relacionamento gay. É uma relação comum. Eu mesma já tive uma experiência parecida, quando tive o coração quebrado por um garoto", diz.

E antes que a tomem por, além de símbolo sexual, expoente da causa gay, Adéle alerta: "Não quero virar um ícone de revolução sexual. Isso me assusta."


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