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Datena e Rezende atingem cerca de 900 mil famílias

DE SÃO PAULO

José Luiz Datena e Marcelo Rezende atingem juntos mais de 900 mil lares na Grande São Paulo, por quase seis horas diárias.

Sobre os protestos na última quinta-feira, ambos mais concordam do que divergem. Os dois são contra o aumento tarifário. Para Datena, "é político e veio fora de hora". Para Rezende, "o salário da população não acompanha a inflação gigantesca".

Na quinta-feira, Datena ficou entre os temas mais comentados no Twitter. Isso porque, durante o programa, houve a seguinte enquete: "Você é a favor de protesto com baderna?". Foram 2.179 votos no "sim" e 915 no "não".

"Fiquei surpreso", diz. Insatisfeito com o resultado, reformulou a questão: "Você é a favor deste tipo de protesto?". Houve 2.090 votos para "sim", e 1.477 para "não".

"O que era ventania virou furacão. Antes, era movimento pelo passe livre. Agora, virou movimento social. O Estado não quer isso, mostrou os dentes, não vai retroceder. As coisas podem piorar no próximo protesto", prevê.

Nas passeatas anteriores, Datena criticou duramente as depredações e apoiou a ação policial. Agora, diz que se emocionou com as primeiras imagens da passeata na quinta: "Era democrático e bonito de se ver. Me lembrou o impeachment, as Diretas Já".

Para ele, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT) "fizeram a coisa mais esdrúxula" na semana passada indo a Paris vender a Expo 2020, feira internacional pleiteada por São Paulo. "Quem vai querer a Expo numa cidade com essas ocorrências?"

Rezende enxergou uma dupla falta da polícia: os abusos cometidos por alguns membros da corporação e a incapacidade de identificar os "baderneiros" do movimento. "A inteligência da polícia teve tempo suficiente para monitorar as redes sociais e já deveria saber quem são."

Para ele, a questão é a impunidade: "É preciso reavaliar o sistema, discutir a prisão perpétua e a pena de morte, às quais sou favorável dependendo do caso".

"Um cara que matou 130 vezes não vai virar a madre Teresa", diz. "Mas não vale só para o pobre. Por que o Maluf não vai para a cadeia?", pergunta o apresentador, em seu escritório na Record.

Rezende conta que, na semana passada, comprou um carro blindado por conta da escalada da violência.

Uma foto solitária do escritor alemão Thomas Mann enfeita a parede de sua sala.

"É meu escritor predileto. Gosto de Morte em Veneza', da maneira como é construída a atmosfera erótica que se estabelece entre os personagens. A suavidade das palavras, as hesitações dos olhares, o ímpeto contido, é a coisa mais erótica que já vi", diz o apresentador, que também é enófilo e adora cozinhar.

Rezende diz ser amigo de Datena: "É mais do que um jornalista, é um comunicador". Datena retribui: "Rezende é ótimo jornalista e tem uma equipe muito boa".


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