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Obra que inspirou filme é 'rebarba da noite'

DO ENVIADO A PARIS

Boris Vian, que morreu aos 39, em 1959, fazia mais barulho como trompetista de jazz na Rive Gauche do que como escritor quando lançou "A Espuma dos Dias", história de amor louco que vinha como celebração do fim da guerra.

"Não era a cultura do texto difícil do Jean-Paul Sartre, mas a rebarba das caves e da noite parisiense", diz a professora da PUC de São Paulo, Leda Tenório da Motta. "Esse livro causou certo frisson."

Mas não passou de uma moda. Na opinião de Motta, Vian não conseguiu deixar o "subúrbio do existencialismo", embora talvez seja lá que ele tenha querido ficar.

"É uma linguagem muito alegre com temas muito, muito tristes", analisa o crítico e escritor Silviano Santiago. "Está mais próxima do boogie-woogie, ou do blues, de grande tristeza, mas com uma beleza musical enorme."

Vian, de fato, parece ritmar sua escrita cheia de excessos de acordo com o improviso do jazz. E ironiza figuras célebres das letras francesas, como Sartre, na trama secundária do amigo do protagonista Colin, viciado nos livros de um tal Jean-Sol Partre.

É um livro que sobreviveu, e ganhou enorme simpatia, por seus tipos "caricatos", "freaks" de boa índole e uma história de amor clássica.


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