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MoMA faz exposição definitiva com o melhor do surrealismo de Magritte

MARCOS AUGUSTO DE NOVA YORK

Essa não é mais uma exposição de René Magritte, é "a" exposição. Menos pela amplitude --embora apresente 80 trabalhos, entre pinturas, colagens e objetos--, e mais pela concentração.

O que a curadora Anne Umland propõe no MoMA (Museum of Modern Art), em Nova York, com "Magritte: O Mistério do Comum" é uma imersão na fase mais criativa e intensa do artista, os anos que vão de 1926 a 1938, quando ele faz sua primeira mostra individual, adere ao surrealismo e produz algumas das mais intrigantes e populares imagens da arte do século 20.

Obras tão difundidas como "A Traição das Imagens" (a famosa "Isso Não É um Cachimbo") ou "O Falso Espelho" poderiam, ainda assim, dar um quê de repetição à escolha da curadora. "Você não teve receio de parecer redundante ao levar ao MoMA um artista tão conhecido?", pergunto a Umland.

"Não me preocupei com isso por várias razões", diz. "Primeiro, porque a mostra se concentra em um momento específico da carreira dele. Uma exposição histórica dessa natureza nunca havia sido feita antes. Fixar a atenção naqueles anos nos permite mostrar como ele foi inventivo e inovador quando estava mais engajado no surrealismo. E Magritte não tinha uma exposição em Nova York há mais de 20 anos. Já era tempo de apresentar seus trabalhos mais radicais a uma nova geração."

Umland ressalta que a mostra, além das imagens mais conhecidas, traz trabalhos que vão "surpreender o público", como "O Eternamente Óbvio" e "A Garota Comendo um Pássaro (Prazer)".

Para quem visita a mostra em cartaz no MoMA, a sensação não é mesmo de redundância. O impressionante conjunto selecionado pela curadoria refresca os olhos do público e permite uma reaproximação dessa galeria de imagens que subvertem a linguagem com a elegante ironia dos anos surrealistas do artista.

Magritte nasceu na Bélgica em 1898, filho de um alfaiate e de uma chapeleira, que se suicidou quando ele tinha 13 anos. Foi ilustrador e desenhou peças publicitárias, antes de conseguir um contrato com uma galeria.

Sua primeira obra surrealista, "O Jóquei Perdido", de 1926, pode ser vista no MoMA, juntamente com as demais que fizeram parte de sua primeira individual belga, em 1927.


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