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Cinema

História de espionagem firma carreira de Affleck como diretor

Em "Argo", ator também interpreta agente da CIA que tenta resgatar americanos fugitivos no Irã

Inspirado em caso real, filme tem John Goodman no papel do maquiador premiado que ajudou na missão

FERNANDA EZABELLA DE LOS ANGELES

Um americano salva o dia mais uma vez no thriller "Argo", um dos filmes mais elogiados do ano, dirigido e protagonizado por Ben Affleck.

Ele faz um agente da CIA no final dos anos 1970, que está dividido entre os mundos de Hollywood e rebeldes iranianos.

"Sei que o público internacional está meio cansado de ver ficções nas quais os americanos são sempre os heróis, tenho consciência disto, claro", diz Affleck à Folha.

"Mas, desta vez, ironicamente, tratava-se de uma história cuja parte americana era totalmente desconhecida. Queria contrabalançar."

O filme começa com a invasão da embaixada dos EUA em Teerã, quando seis americanos conseguem escapar e passam a viver como clandestinos no Irã.

Eles se refugiam na casa do embaixador canadense, e o personagem de Affleck, Tony Mendez, tentará resgatá-los com um plano mirabolante arquitetado com a ajuda de um veterano de Hollywood.

Embora seja baseado em fatos reais, o filme traz uma boa dose de ficção.

Ela comparece, por exemplo, quando os seis fugitivos são perseguidos por rebeldes num aeroporto. Ou quando passeiam pela cidade, fingindo ser parte de uma equipe de filmagens canadense.

"O mundo não funciona como o esquema certinho, de três atos, de um roteiro. Então você precisa dar uma massageada na história para entrar nessa estrutura", explica Affleck, em seu terceiro trabalho como diretor, após "Medo da Verdade" (2007) e "Atração Perigosa" (2010).

"Argo" se equilibra sobre duas realidades bem diferentes -entre a tensão de uma cidade em plena revolução e o glamour decadente (e bem engraçado) dos estúdios de cinema de Los Angeles.

John Goodman, por exemplo, vive John Chambers (1923-2001), famoso maquiador que recebeu um Oscar por "O Planeta dos Macacos" (1968) e ajudou a CIA em diversos disfarces.

"Sempre disse que sacrificaria qualquer piada pela seriedade, pela realidade do filme. Tinha medo de que as cenas leves tirassem o peso da história", diz o diretor.

Affleck, porém, afirma que não foi preciso alterar nada.

"John fala as coisas mais absurdas sobre Hollywood -e é tudo tão real."


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