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Filme de Kubrick e livro trazem finais diferentes

DE SÃO PAULO

Embora seja um marco entre os livros de ficção científica, "Laranja Mecânica" é, para a maioria do público, o filme que Stanley Kubrick lançou em 1971.

Como muitos dos autores que inspiram filmes de sucesso, Anthony Burgess ficou eclipsado frente ao sucesso de sua obra no cinema. E talvez ele mesmo concordasse com isso.

O escritor costumava comentar que "Laranja Mecânica" era um de seus livros de que menos gostava. Já a adaptação de Kubrick qualificava como brilhante.

A principal diferença entre livro e filme está no final da história. O manuscrito de Burgess tinha 21 capítulos. No último deles, Alex, o protagonista da história, depois de tantas barbáreis cometidas, abandona a trajetória de violência e faz planos de casar e ter filhos.

"Não tem muito sentido escrever uma história a menos que se possa mostrar a possibilidade de transformação moral dos personagens", disse o autor.

Acontece que nos EUA o agente literário de Burgess considerou o desfecho muito ameno e suprimiu o 21º capítulo da história. Foi justamente essa versão que Kubrick tomou como base.

Para o cineasta americano, um final feliz seria tão cruel quanto as selvagerias de Alex ou do Estado.


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