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Agora de modo unânime, BC eleva juros em 0,50 ponto

Após aumento, taxa está em 8% ao ano; na decisão anterior, houve divisão no comitê sobre alta de 0,25 ponto

Aperto vai ajudar a 'colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista' em 2014, afirma órgão

DE BRASÍLIA

Apesar do fraco resultado do PIB do primeiro trimestre deste ano, o Banco Central corroborou o tom do seu discurso nas últimas semanas e intensificou a dose de aumento da taxa de juros.

A taxa Selic foi elevada de 7,5% para 8%, em decisão unânime do Copom (Comitê de Política Monetária).

Na reunião anterior, o ciclo de alta dos juros foi iniciado com um aumento de 0,25 ponto percentual, em decisão dividida --dois diretores votaram pela manutenção.

Na avaliação do Banco Central, a alta de 0,50 ponto "contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano".

A última vez que o BC subiu a Selic em 0,50 ponto percentual foi em março de 2011.

A maior preocupação do BC hoje é com a inflação de 2014, quando a presidente Dilma vai tentar a reeleição.

Para 2013, a expectativa dos diretores do BC é que os índices de inflação vão recuar de forma mais consistente a partir do segundo semestre, fechando o ano em 5,5%.

Nos 12 meses até abril, o IPCA (índice oficial de inflação) acumula alta de 6,49%.

No curtíssimo prazo, porém, a diretoria do banco considera que é preciso coordenar as expectativas dos agentes econômicos, o que significa fazer empresários e investidores acreditarem que a inflação não sairá de controle.

Caso contrário, a alta de preços entrará em um ciclo que se autoalimenta.

IMPACTOS

A decisão reflete, ainda, preocupação com o efeito negativo da inflação sobre o crescimento da economia.

Em suas últimas falas, Tombini havia sinalizado nesta direção, dizendo que o combate à inflação contribuiria para que empresários e consumidores recuperassem a confiança na economia.

Outro foco de atenção é a taxa cambial, que voltou a subir nos últimos dias, o que pode gerar pressão inflacionária. No mercado, já havia uma aposta de alguns analistas de que, mesmo com o PIB fraco, a valorização do dólar faria o BC intensificar a alta de juros. (SHEILA D'AMORIM, MARIANA SCHREIBER E VALDO CRUZ)


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