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Consultorias cortam previsões para a economia em 2013

De 11 empresas ouvidas, 6 reduziram e duas indicaram tendência de queda; novos números ficam entre 2% e 3%

Dados indicam lenta retomada, diz Credit Suisse, que reviu projeção de alta dos investimentos de 6,5% para 5,8% no ano

CLARA ROMAN COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Frustrando as expectativas do mercado, o crescimento do PIB brasileiro no primeiro trimestre de 2013, de apenas 0,6% em relação ao último trimestre de 2012, fez com que várias consultorias reduzissem suas projeções anuais para o desempenho da economia do país neste ano.

A expectativa média do mercado, que era de um crescimento de 0,9% no primeiro trimestre, se mostrou otimista demais. Assim, de 11 consultorias pesquisadas, mais da metade (6) reviu para baixo suas previsões para 2013. Duas mantiveram os números, mas indicaram risco de queda, e apenas três mantiveram as suas apostas.

"Apesar da forte crescimento da agropecuária, a desaceleração nos serviços e a contração da indústria confirmam que a retomada da atividade tende a ser mais gradual do que esperávamos", avaliou Nilson Teixeira, economista-chefe do Credit Suisse Brasil.

O banco de investimentos rebaixou de 4% para 3% sua previsão de crescimento do PIB para 2013 e reviu as projeções de alta de investimentos de de 6,5% para 5,8%, com a ressalva de que espera tanto uma expansão nos próximos trimestres --"como reflexo dos estímulos existentes e de condições favoráveis ainda presentes"-- quanto uma recuperação gradual do consumo das famílias e do governo nos próximos trimestres. Bráulio Borges, economista-chefe da consultoria LCA, também revisou sua previsão, de 3,5% para pouco acima de 3%. "Foi o terceiro trimestre consecutivo em que o PIB cresceu abaixo das nossas expectativas e do consenso do mercado".

Bradesco, Banco Espírito Santo, a Votorantim Corretora e a consultoria japonesa Nomura fizeram o mesmo movimento de reavaliação.

O Banco Espírito Santo foi de 3% para 2,3%. A previsão do Bradesco caiu de 2,8% para entre 2% e 2,5%.

A Nomura afirmou que a economia brasileira manterá um patamar de desempenho baixo por um longo período, combinado com inflação alta, e revisou as apostas de 3,4%, para 2,5%. A Votorantim Corretora baixou de 3% a 3,5% para 3% a 2,5%.

Consultorias que acertaram a previsão para o primeiro trimestre, como a Gradual Investimentos e a MB Associados, mantiveram suas previsões para o ano, em 2,1% e 2,3%, respectivamente.

Segundo Maria Cristina Mendonça de Barros, sócia da consultoria, um patamar menor de crescimento do consumo das famílias influenciou o resultado fraco. Uma das causas, aponta, pode ser o impacto da inflação no poder de compra.

Para Jankiel Santos, economista-chefe do Banco Espírito Santo, além do consumo das famílias, o problema é a produção industrial, que não mostra sinais de recuperação, mesmo com alta de 4,6% nos investimentos.

"Esse valor está relacionado com o crescimento da produção de caminhões. Mesmo com manutenção da produção, precisaria de um novo incremento para os investimentos continuarem a crescer."

OTIMISMO

Mesmo baixando suas projeções para baixo, as consultorias LCA e Votorantim Corretora mantém uma análise otimista no longo prazo.

"Há uma aceleração em curso", afirma Roberto Padovani, economista-chefe da Votorantim Corretora. Para Borges, da LCA, a alta nos investimentos foi disseminada. "A industria de transformação vem em uma recuperação boa. A de extração está ruim por causa da Petrobras", diz.


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