Folha de S.Paulo

Mercado aberto

Estudo avalia ampliação da hidrovia Tietê-Paraná para os próximos anos

Com a meta de quase triplicar o uso de rios navegáveis da bacia Tietê-Paraná, o governo federal começou a elaborar um estudo para a criação de novos acessos.

A hidrovia, hoje com 1.700 km, tem o potencial de chegar a 4.500 km, avalia a Ahrana (Administração da Hidrovia do Paraná, vinculada ao Ministério dos Transportes).

A ideia é que essa via, por onde circulam cerca de 6 milhões de toneladas por ano de grãos para exportação, tenha a capacidade ampliada para mais de 20 milhões de toneladas e ainda apresente outras ligações pelo país.

"Tudo o que entra hoje no sistema Tietê-Paraná para exportação vai até o porto de Santos. Nosso diagnóstico prevê que seja possível chegar a outras ferrovias e rodovias", afirma o superintendente da Ahrana, Antônio Chehin.

Caso o potencial seja colocado em prática, as cargas poderão seguir rumo aos portos do Rio de Janeiro, de Paranaguá e até da região Norte.

"Assim, o dono da carga terá mais opções e poderá fazer a conta de qual será sua melhor logística", diz Chehin.

O estudo vai avaliar as condições econômicas, técnicas e ambientais da proposta.

A previsão é que seja concluído no início de 2014 e, em quatro anos, passe por todas as etapas até a licitação.

O governo já encomendou análises de outras bacias. Se tudo for viável, o investimento pode chegar a R$ 45 bilhões.

Títulos ligados ao agronegócio têm aumento de 35% em maio

Os estoques de títulos de LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) registraram em maio um crescimento de 35% em comparação com o mesmo mês do ano passado.

O levantamento foi feito pela Cetip, empresa integradora do mercado financeiro que funciona como um cartório e depositária de papéis.

O último mês atingiu o valor de R$ 25,9 bilhões, ante R$ 19,1 bilhões em maio de 2012.

Em comparação a abril deste ano, o aumento foi de 7%.

Entre maio de 2012 e maio de 2011, a variação registrada pela Cetip foi de 30%.

LCA são títulos emitidos por instituições financeiras destinados a financiamentos da cadeia produtiva do agronegócio, com lastro de recebíveis originados de negócios entre produtores e cooperativas.

Os títulos agrícolas possuem isenção de tributos para os investidores, tanto Imposto de Renda como IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

contracheque

A ADP, multinacional americana que trabalha com soluções de RH, está instalando um escritório em Recife. Recentemente, foram abertas unidades em Belo Horizonte e Ribeirão Preto (SP).

A empresa pretende ampliar sua atuação na América Latina, região responsável por 10% do faturamento global de US$ 10 bilhões.

No mês passado, a companhia comprou a chilena Payroll. No Brasil, no entanto, a expansão será orgânica, segundo Cesar Marinho, vice-presidente-sênior do grupo.

SUOR DE LUXO

A rede de academias Bodytech (dos empresários João Paulo Diniz, Alexandre Accioly, Luiz Urquiza, do técnico Bernardinho e do BTG Pactual) investiu R$ 17 milhões em sua unidade do shopping Iguatemi, em SP.

A academia, que será inaugurada na próxima semana, pretende atrair a classe alta com serviços exclusivos, como garçom, concierge, sala de maquiagem e vestiários individuais.

"As duas últimas unidades que abrimos no Leblon também são exclusivas, mas não têm um projeto diferenciado como esse", diz Diniz.

O que a distingue das demais, principalmente, é o número limitado de vagas: 1.200. A rede tem pontos com até 4.500 alunos.

A unidade também demandou um aporte mais expressivo. Na filial do shopping Eldorado, por exemplo, foram injetados R$ 22 milhões em 10.000 m2 --a do Iguatemi tem 2.100 m2.

"Por enquanto, não temos ideia de levar esse projeto para o Rio ou para Brasília. Ele foi desenvolvido para atender especificamente o público da região do Iguatemi", afirma Accioly.

A mensalidade será cerca de 80% mais cara e deve ficar ao redor de R$ 900.

Consumo de remédio sem receita é maior em Fortaleza

Aproximadamente 20% dos brasileiros consomem medicamento controlado (tarja preta ou vermelha) sem receita médica, segundo uma pesquisa do Datafolha e do Ictq (instituto de pós-graduação para farmacêuticos).

O relatório indica também que o comércio indiscriminado de remédios é maior em Fortaleza (38%), Goiânia (33%), Rio de Janeiro (25%), Salvador (25%), Curitiba (24%) e Belém (24%).

Para o presidente do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP), Pedro Eduardo Menegasso, o estudo indica que a venda irregular de medicamentos continua generalizada.

"Os conselhos estaduais fazem as fiscalizações, mas os interesses comerciais dos estabelecimentos estão cada vez maiores", afirma.

A diversidade de produtos vendidos atualmente nas drogarias contribui para o problema, segundo Marcus Vinicius Andrade, diretor-executivo do instituto.

"O remédio está virando um produto de uso comum para as pessoas e isso aumenta a compra sem prescrição."

Clube... A Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo) foi aprovada pela Organização Mundial do Turismo para fazer parte do seu grupo de afiliados.

...de viagem A OMT tem 400 membros, entre associações, órgãos governamentais e empresas. A entrada da brasileira na entidade será ratificada em agosto na África do Sul.

Casa O Residência Cidade Jardim, empreendimento da JHSF em SP, teve 15 de seus 17 apartamentos vendidos antes do lançamento oficial. O metro quadrado dele custa R$ 18 mil.

Ideias... Desde a criação do Conselho Paulista de Competitividade, em março deste ano, a Investe São Paulo recebeu cerca de 80 propostas para melhorar a competitividade do Estado. Os projetos foram encaminhados por entidades públicas e privadas.

...paulistas Do total das propostas, 70% são sugestões de novos projetos para o governo paulista avaliar a viabilidade de implantação, enquanto 30% são de aperfeiçoamento de ações já existentes.

Declínio... As exportações de sucata de ferro diminuíram 3% em abril, ante o mês anterior. A tendência é que maio também registre queda, dando continuidade a um ciclo de retrações iniciado em março, segundo o Inesfa (instituto das empresas de sucata de ferro).

...da sucata Os embarques correspondem a cerca de 5% do volume consumido no mercado interno. A queda nas exportações é decorrente da crise internacional, de acordo com a entidade.