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BC adota nova medida contra alta da moeda

MARIANA SCHREIBER VALDO CRUZ DE BRASÍLIA

Em mais uma medida para tentar conter a alta do dólar, o BC decidiu estimular os bancos a vender a moeda estrangeira no mercado de câmbio.

Ontem à noite, a autoridade monetária zerou o depósito compulsório (recursos que os bancos são obrigados a recolher à instituição) sobre o montante de vendas de dólar no mercado futuro.

A regra, estabelecida em janeiro de 2011, previa que as instituições financeiras deveriam recolher compulsoriamente o equivalente a 60% da sua "posição vendida" que excedesse US$ 3 bilhões.

Esse valor ficaria parado numa conta do BC, sem oferecer rentabilidade aos bancos. No momento, não havia nenhum valor recolhido, o que revela a eficiência da medida em limitar o tamanho das posições vendidas.

Quando um banco está "vendido" em dólar, significa que está apostando na queda da moeda. Quando está "comprado", espera-se uma alta.

Essas operações no mercado futuro acabam influenciando a cotação do dólar no mercado à vista.

Quando o governo estabeleceu o compulsório, o objetivo era limitar as posições "vendidas" em dólar, para evitar uma valorização muito forte do real, o que prejudicava as exportações brasileiras e barateava as importações.

Na ocasião, a posição vendida dos bancos atingia US$ 16,8 bilhões. O cenário mudou com o tempo e, hoje, os bancos estão com posição comprada (apostando na alta do dólar) de cerca de US$ 4,5 bilhões, segundo dados da sexta-feira passada.

Agora, o governo quer estimular a venda de dólar no mercado futuro para conter a alta da moeda americana.

O governo está preocupado com o impacto da desvalorização do dólar sobre a inflação, o que tem levado o BC a fazer intervenções no mercado nas últimas semanas.

O receio da equipe econômica é que o dólar alto pressione a inflação num momento em que a expectativa era de recuo nos índices de preços nos próximos meses.

Ontem, o dólar caiu 1,3%, para R$ 2,214, após nova intervenção do BC.

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou o dia em alta de 2,01%.


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