Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

América do Sul perde fatia nos investimentos externos do Brasil

Destino perde atração com menor perspectiva de crescimento econômico e queda de commodities

Grave crise econômica argentina e maior protecionismo naquele país também tiveram impacto no resultado

MARIANA CARNEIRO DE SÃO PAULO

Destino preferido para a expansão das empresas no exterior, os países da América do Sul estão perdendo atratividade para o capital brasileiro neste ano.

De janeiro a junho, o investimento produtivo de companhias brasileiras nos seis principais parceiros no continente (Argentina, Uruguai, Paraguai, Colômbia, Chile e Peru) recuou 35%.

Ficou na contramão do fluxo de recursos para o exterior, que cresceu 61%. Os valores desconsideram os empréstimos entre as companhias.

Com isso, a participação desses países no investimento externo caiu de 14% para 5,7% do total.

Segundo Luis Afonso Lima, presidente da Sobeet (sociedade brasileira das empresas transnacionais), a redução dos preços das matérias-primas vendidas pelos países sul-americanos no mercado global reduz a atratividade desses países para investimentos estrangeiros.

"Com as commodities em queda, o brilho da América do Sul perde força", diz.

Isso afeta principalmente os países que apresentam hoje o maior dinamismo na região --Peru, Chile e Colômbia. Já o bloco Sul sofre os efeitos colaterais provocados pela grave crise econômica e ascendente protecionismo da Argentina.

Apesar do recuo em 2013, a América do Sul é o destino preferido para as empresas brasileiras fora do país.

PRIMEIRA OPÇÃO

Pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) com 28 transnacionais de capital verde-amarelo, que têm negócios em 44 países, mostra que 34% têm unidades nos países vizinhos.

O segundo destino preferencial é a América do Norte e México (22%).

Segundo Paulo Mól, diretor de Inovação da CNI, além da proximidade cultural, esses países oferecem como principal vantagem o ampliação do mercado consumidor.

O executivo pondera, entretanto, que as empresas brasileiras devem mudar a estratégia e passar a buscar mercados mais disputados. Além da possibilidade de aprender a "fazer melhor", isso permitiria o ingresso em países que poderão ser mais dinâmicos nos próximos anos, como os EUA.

"A lógica deve ser operar num padrão diferente, com novas formas de produção e novos materiais", afirma.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página