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Sem receber, empresa brasileira ameaça abandonar a Argentina

LÍGIA MESQUITA DE BUENOS AIRES

A empresa brasileira Estrans, do grupo Estre Ambiental, que opera um aterro sanitário na região metropolitana de Buenos Aires desde 2003, pode deixar a Argentina depois de dez anos no país.

Segundo Wilson Quintella Filho, dono da Estre, a Ceamse, criada pelos Estados da Província de Buenos Aires e pela cidade de Buenos Aires para cuidar da gestão de resíduos sólidos da área que engloba La Plata, Ensenada, Berisso, Brandsen e Punta Indio, não está depositando a quantia acertada em contrato nos últimos 12 meses. A dívida chegaria à casa dos 40 milhões de pesos argentinos (US$ 7,26 milhões).

Se a situação não se resolver, a companhia brasileira, que também está presente na Colômbia, poderá ser obrigada a abandonar suas atividades.

"Não queremos e nem cogitamos ir embora. Mas não dá pra viabilizar a operação sem dinheiro. Esse lamento existe, mas não por uma predisposição e sim por falta de alternativa", afirma Quintella. "A gente acredita na Argentina, que o país vai passar por essa crise econômica. Estamos há dez anos lá."

Pelos cálculos do empresário paulista, nos últimos 12 meses a Estrans recebeu cerca de 20% do montante acertado em contrato. Agora, ele está em negociação com a Ceamse.

"A Ceamse diz que tem total interesse em continuar conosco, mas que está sem dinheiro porque os municípios não estão repassando pra ela. É como se fosse um consórcio", diz.

A Folha procurou a empresa argentina durante dois dias e não teve sua solicitação respondida.

RAINHA DA SUCATA

Criada em 1999, a Estre Ambiental atua em toda a cadeia do lixo e tem 23 aterros no Brasil -- em São Paulo, Rio, Sergipe, Paraná. Em 2012, o faturamento da empresa foi de R$ 2 bilhões.

Em setembro, Quintella Filho comprou 11% das ações da Star Atlantic Waste Holdings, numa operação de US$ 100 milhões.


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