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Tênis do futuro imita a corrida descalça, diz presidente da Nike

Para ele, tecnologia permite tênis mais leves do que há dez anos

RODOLFO LUCENA ENVIADO A BEAVERTON (EUA)

Tornar a Nike uma empresa ainda mais globalizada é uma meta do seu novo presidente. Trevor Edwards, 48, assumiu o posto no início de julho e logo comandou a apresentação de uma nova linha de produtos para corredores.

Depois do evento realizado no campus da Nike, em Beaverton, no noroeste dos EUA, Edwards deu entrevista exclusiva à Folha. Leia a seguir os principais trechos.

Folha - " Que mudanças o senhor pretende realizar?

Trevor Edwards - Mudanças? Não. Estamos focados no que fazemos bem: inovar.

Além disso, uma das coisas mais importantes é ser uma marca cada vez mais global. É importante que nossa marca esteja tão conectada com o consumidor em São Paulo e no Rio como nos EUA.

O que essa nova plataforma pode trazer para a Nike?

Nossa ideia de "natureza amplificada" é fácil: nós podemos amplificar a natureza.

Muitos produtos foram criados quase que ignorando o corpo em movimento. O que estamos fazendo ver como o corpo se comporta em movimento e usar o conhecimento para um produto melhor.

É o começo da jornada: primeiro nos produtos de corrida, depois em outras áreas.

Isso significa que tudo o que foi feito até agora não foi bom?

A questão é: consumidores diferentes querem coisas diferentes. Como você sabe, não há apenas uma maneira de resolver um problema. A tecnologia já nos permitiu fazer grandes produtos, como a linha Air Max. A nova filosofia não descarta o passado, mas evolui a um novo patamar.

Do ponto de vista financeiro, qual impacto a nova plataforma deve ter nos negócios?

É difícil falar em números, mas é interessante ver o exemplo do Free, que é nossa linha de tênis de corrida mais popular hoje. Ela se tornou um negócio muito significativo em todo o mundo e foi criada a partir da ideia do movimento natural. Essa nova linha terá um impacto enorme em nosso negócio.

Esse tipo de tênis não pode aumentar o número de lesões?

Quando falamos de natureza amplificada, não estamos dizendo "tire o calçado e vá correr descalço". Isso não é um produto. O que estamos dizendo é "tire [do calçado] as coisas de que você não precisa". Você precisa de proteção, de suporte, de flexibilidade em certas partes do calçado.

Assim, não é correr descalço. Nós queremos lhe oferecer uma experiência similar à da corrida descalça, mas você não está descalço, está correndo com um produto que lhe dá todos esses benefícios. Isso é muito diferente de um produto muito minimalista.

Qual o destino de outras linhas para corrida, como a Vomero e a Pegasus?

Continuam. Há sempre clientes que querem um Air Max, um Vomero, um Pegasus.

Mas, se você comparar com os tênis de dez anos atrás, os de hoje estão mais leves, por causa da tecnologia. Mas a redução de peso não é um objetivo em si, o que importa é fazer uma corrida melhor.

Os preços da nova linha são bem mais altos que os dos modelos atuais. Por quê?

É uma forma diferente de manufatura. Quando nós inovamos, obviamente temos que trazer mais valor. Esses são produtos muito diferentes do que existe no mercado.

O senhor é um corredor?

Gosto de correr provas de 10 km, meias maratonas.


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