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Mercado aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Francesa de laticínios planeja fábrica no Brasil
A multinacional francesa de laticínios Senoble e o grupo paranaense Guerra, do setor de agronegócios, fecharam uma joint venture e estudam a instalação de uma planta no país.
As companhias planejam construir uma fábrica de sobremesas congeladas na região de Ponta Grossa (a cerca de 110 km de Curitiba).
Ricardo Guerra, diretor-executivo do grupo brasileiro, não revela o valor do investimento, mas afirma que seria semelhante ao aportado pela Senoble em uma fábrica que está em construção no interior da Espanha.
Nesse empreendimento, estão sendo aplicados cerca de € 63 milhões (R$ 200 milhões, aproximadamente).
A situação econômica e política do país, porém, dificulta a implementação do projeto.
"As manifestações que ocorreram em junho deixaram os franceses um pouco inseguros. O câmbio também não ajuda, porque muitas matérias-primas são importadas", diz Guerra.
"Devemos tomar uma decisão até o final deste ano."
Hoje as empresas estão desenvolvendo pesquisas de mercado no país.
Os preços e a aceitação da marca entre consumidores de Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Campinas e Belo Horizonte estão em análise.
O presidente da Senoble, Marc Senoble, esteve no Brasil em fevereiro para iniciar as negociações com o governo do Paraná. A Prefeitura de Ponta Grossa, que também o recebeu, afirma que ele deve retornar nos próximos dias.
A empresa tem 12 fábricas na Europa e 3.200 funcionários. O grupo Guerra tem faturamento de R$ 300 milhões.
COLEGAS NO SILÍCIO
O Kauffman Fellowship, um programa ligado a entidades de venture cap (capital de risco) do Vale do Silício, fará em janeiro do ano que vem um encontro em São Paulo, o primeiro na América Latina.
Dedicado ao mundo do investimento em inovação, o Kauffman (que não tem fins lucrativos) é para profissionais do mercado. Durante dois anos eles se reúnem para sete módulos de ensino de quatro dias.
O programa forma e desenvolve uma rede global de empreendedores de tecnologia e investidores, segundo o CEO Phil Wickham.
"Queremos gente de todas as áreas, para aprender com eles e eles conosco", diz. "Um empreendedor de São Paulo ou Tóquio encontra muita dificuldade e costuma ser muito melhor do que um do Silício, onde é mais fácil empreender."
O evento trará membros do mundo todo. Cinco são brasileiros, como Thomaz Srougi, do Dr. Consulta (clínica popular para quem não tem plano de saúde).
"O objetivo do encontro é encantar os investidores com o Brasil, mostrar oportunidades e motivá-los a investir aqui", afirma Srougi.
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Espaço... A Concessionária Brasil Viracopos inicia hoje a operação de um novo pátio --com cinco posições-- para aviões de pequeno porte no aeroporto de Campinas.
...para aviões O aeroporto passa a ter um total de 37 posições. A autorização para a inauguração do pátio foi dada na sexta-feira pela Anac.
*Fórum de líderes A CEO da ADM (Archer Daniels Midland), Patricia Woertz, acaba de assumir a presidência da seção americana do Fórum de CEOs Brasil-EUA.
Chá A rede Burger King começará a vender chá em copos que poderão ser reabastecidos pelo cliente até 30 minutos após a compra.
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RECORDE NAVAL
O porto do Pecém, localizado no Ceará, bateu o recorde mensal de cargas em julho, com a movimentação de 541 mil toneladas.
O número representou um crescimento de 44% na comparação com o mesmo mês de 2012, quando houve registro de 375 mil toneladas.
As importações a granel foram responsáveis pela metade do resultado de julho, com destaque para os desembarques de cimento não pulverizado (72,9 mil toneladas) e carvão mineral (72,5 mil).
De janeiro a julho, o terminal movimentou 2,6 milhões de toneladas --alta de 20%.
CENÁRIO NEGATIVO
A parcela de brasileiros que avalia a situação econômica do país como boa caiu nove pontos percentuais em julho ante o mês anterior, segundo levantamento da Ipsos. O índice ficou em 26%.
Entre os 24 países consultados, o Brasil foi o que apresentou a maior queda. Em seguida ficou a Índia, com sete pontos percentuais a menos, e a Turquia e o México, com queda de três pontos.
Com a retração, os brasileiros ficaram abaixo da média global, de 36%.
Lideraram a lista a Arábia Saudita (84%%), a Suécia (76%) e a Alemanha (69%)
A Espanha apareceu em último, com 4%, precedida por Itália (5%) e França (6%).
A cada cinco brasileiros, três indicaram que acreditam que a economia do país vai se recuperar nos próximos seis meses, aponta a pesquisa.
A margem de erro da pesquisa é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos. Apenas no Brasil, foram entrevistadas aproximadamente mil pessoas