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Estaleiro de Eike planeja demitir 40% do pessoal

Desistência de pedidos leva OSX a cortar custos

RENATA AGOSTINI DE BRASÍLIA

Enquanto corre a negociação sobre o destino da petroleira OGX, Eike Batista inicia um programa de corte na empresa naval OSX que levará à demissão de 40% dos funcionários, apurou a Folha.

A expectativa é que sejam desligadas quase 300 pessoas, de um total de 700 funcionários. Contratos com fornecedores de limpeza e alimentação também serão renegociados ou cancelados.

O objetivo é economizar até R$ 10 milhões por mês, ou um terço do custo da companhia, que possui um estaleiro e unidades de aluguel e operação de plataformas e navios.

A situação da OSX é delicada desde que a OGX desistiu de investimentos adicionais em quatro campos de petróleo em julho. A empresa naval teve cinco encomendas canceladas e ficou com duas plataformas ociosas.

Diante do quadro, Eike escalou a consultoria Alvarez & Marsal para comandar um plano de reestruturação. A avaliação é que a companhia tem ativos valiosos, de cerca de US$ 3,5 bilhões, e precisa ser resgatada. Em agosto, o principal executivo da consultoria, Marcelo Gomes, assumiu a presidência da OSX.

A ordem é enxugar ao máximo. O plano envolve a economia de aluguel com a devolução de parte da área ocupada pelo estaleiro no porto do Açu à LLX, dona do empreendimento.

Ela também pode deixar o Edifício Serrador, no Rio, para um local mais modesto. O imóvel foi adquirido e reformado por Eike, que instalou ali a sede do grupo EBX.

A empresa tenta há meses passar para frente as plataformas OSX-1 e OSX-2, que a OGX não usará mais. A Folha apurou que há conversas com grupos internacionais para uma possível venda, mas uma negociação levaria três meses para ser concretizada.

Nesse intervalo, é grande a chance de a lista de encomendas canceladas crescer.

O processo de cortes na OSX é bem-vindo perante a possibilidade de a empresa ser forçada a entrar em recuperação judicial com a OGX, algo que o grupo contempla.

Procurada, a OSX afirmou em nota que iniciou em agosto uma fase de "extrema disciplina financeira" e que diversas ações estão em análise, incluindo a "reavaliação dos contratos de prestação de serviço e eventuais adequações no quadro de colaboradores próprios e terceiros".


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