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Minoritários da OGX querem indenização

Informações otimistas sobre campo que será abandonado são alvo das reclamações

DENISE LUNA MARIANA SALLOWICZ DO RIO

Um grupo de minoritários da OGX em Santa Catarina decidiu entrar com ações indenizatórias contra a empresa, seu controlador, Eike Batista, ex-diretores e possivelmente contra a CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

As ações devem ser ajuizadas entre 60 e 90 dias, o tempo de o grupo se consolidar, segundo o advogado João Fábio da Fontoura, que reuniu os possíveis clientes na última quinta-feira para acertar os detalhes das ações.

Segundo ele, existem argumentos suficientes para tentar conseguir na Justiça o ressarcimento dos acionistas.

"Uma das principais bases dos nossos argumentos é a política de divulgação da OGX", afirma Fontoura.

Entre abril de 2009 e maio de 2012, a OGX enviou 55 fatos relevantes com informações otimistas sobre o campo de Tubarão Azul, na bacia de Campos, justamente a área que a empresa afirmou em julho que abandonaria por não ser viável comercialmente.

A cada fato relevante as ações subiam, diz Fontoura, que também vai analisar a relação entre a venda de ações por parte de diretores e as comunicações ao mercado.

Para o advogado Rodrigo Meyer Bornholdt, há risco na ação indenizatória, que pode não ser bem-sucedida, mas o precedente aberto pelo banco PanAmericano (atual PAN), cujos acionistas receberam parte do que perderam, poderá ajudar no caso da OGX.

ESPERANÇA

O investidor Fernando Paganini, também advogado, aplicou cerca de R$ 300 mil em ações da OGX e já decidiu processar a empresa e seus dirigentes.

"Comprei porque ele [Eike] vinha a público dizer que as reservas existiam, e agora ele diz que não tem. Espero receber tudo de volta", afirma.

Ele comprou os papéis a R$ 12, R$ 9 e R$ 6 e hoje prefere nem olhar o saldo do investimento, com as ações abaixo de R$ 1.

Anteontem, os papéis da OGX fecharam em alta de 26,8%, a R$ 0,52, motivadas por uma possível injeção de até US$ 1 bilhão na empresa pelo controlador --que ainda não é considerada garantida.

Paganini está confiante na ação, porque considera que a OGX agiu de má-fé na divulgação das suas estimativas. "Não é porque se está na Bolsa que se pode aceitar a institucionalização da mentira."


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