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Terminal em MT encurta trajeto da soja até Santos

Apesar de obra, gargalo da safra ainda existe

Produtores de grãos ainda reclamam de demora em São Paulo e infraestrutura; para ALL, solução é parcial

TATIANA FREITAS ENVIADA ESPECIAL A RONDONÓPOLIS

Os agricultores de Mato Grosso, maior produtor de grãos do país, ganharam ontem uma nova opção para escoar a safra, que a cada ano demora mais tempo para chegar ao porto de Santos.

A ALL inaugurou o Complexo Intermodal de Rondonópolis, que liga o terminal de Alto Araguaia, onde a ALL recebe a maior parte da soja de Mato Grosso, a Rondonópolis, concluindo o principal corredor exportador de grãos do país com a expansão de 260 km da antiga Ferronorte.

O primeiro trecho da obra ferroviária foi concluído em 2012. Ontem, foi inaugurado o segundo trecho e o complexo intermodal, para receber e armazenar cargas frigorificadas, combustíveis e grãos.

O complexo começa a operar com o terminal da ALL, mas o empreendimento deverá receber mais 20 empresas, que devem investir R$ 700 milhões --os aportes feitos pela ALL somam R$ 880 milhões.

Em plena capacidade, 18 milhões de toneladas anuais poderão ser transportadas a partir de Rondonópolis.

Com o complexo de Rondonópolis, os mais de 40 milhões de toneladas de grãos produzidos anualmente no Estado devem ser divididos entre os dois terminais, agilizando o envio a Santos.

Mas isso ainda não destrava o agronegócio.

"É como inaugurar uma nova linha de metrô em São Paulo. A obra ajuda, mas não é suficiente para acabar com a carência de infraestrutura", diz Daniel Furlan Amaral, gerente da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais).

Para Edeon Vaz Ferreira, diretor-executivo do Movimento Pró-Logística da associação de sojicultores do Estado de Mato Grosso, a soja só chegará mais rápido a Santos com o Ferroanel paulista.

O projeto do Ferroanel era 1 de 12 trechos de trens de carga no Programa de Investimento em Logística (PIL), lançado pelo governo em 2012.

Os contratos deveriam ser assinados neste mês, mas houve divergências sobre o modelo de concessão.

Outra dúvida é sobre infraestrutura. O complexo de Rondonópolis está no eixo da BR-163, que está no PIL. Mas o trecho de 28 km entre a cidade e o complexo não está no pacote. Ontem, a presidente Dilma Rousseff disse na inauguração que incluirá a duplicação no PAC.


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