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Companhias brasileiras investem no setor para melhorar resultados

DE SÃO PAULO

No quarto maior mercado do mundo em tecnologia da informação, as empresas ainda têm dificuldade em recrutar profissionais para extrair mais proveito dos dados. Falta investimento e faltam profissionais bem formados.

"Se o ITA forma 100 engenheiros, a Embraer e a Petrobras já contratam imediatamente", disse Antonio Gil, presidente da Brasscom, a associação das empresas de tecnologia e comunicação.

Da necessidade surgem as soluções criativas. A Serasa Experian tem um programa de formação de "estrategiários" e contratou um engenheiro florestal para seu time de métricas de decisão.

O Magazine Luiza contornou a cultura bacharelesca brasileira e passou a contratar programadores autodidatas, menos visíveis pelos principais contratadores de profissionais de tecnologia.

Essa escassez não significa que os brasileiros não foram feitos para a tecnologia. Pelo contrário: os hackers brasileiros, lembra Gil, são considerados os melhores do mundo. "Eu também já tive a sorte de contratar vários brasileiros", disse DJ Patil.

Isso não significa que a qualidade seja uniforme. No ano passado, a Brasscom fez um estudo mostrando que a dificuldade com a matemática é o calcanhar de aquiles da indústria de tecnologia brasileira. Sem uma boa base matemática, é mais difícil criar os algoritmos necessários à análise de dados não estruturados, como gravações de call center.

Embora o Brasil não tenha uma Amazon, já há varejistas aproveitando estratégias semelhantes no modelo de negócio de vendas on-line.

O Magazine Luiza, onde 20% do negócio vem da internet, armazena juntos os dados de e-commerce e de vendas físicas para poder analisar e extrair oportunidades.

Há dois anos, a empresa criou um "lab" com técnicos que conhecem bem o negócio do varejo e têm o que o Frederico Trajano, diretor executivo de marketing, chama de "capacidade fuçativa".

Essa equipe monitora o fluxo de cliques do usuário no site e cruza isso com as bases de cadastros e vendas. Hoje, a grande obsessão é em melhorar as recomendações ao cliente.


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