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Análise

Estamos em uma era em que o consumo é movido cada vez mais pelo desejo

EUGENIO FOGANHOLO ESPECIAL PARA A FOLHA

Os dados do IBGE sobre o comércio em setembro demonstram mais uma vez a importância do emprego e da renda na sustentação do consumo de bens e serviços.

Houve crescimento em 4 de 10 setores de atividade varejista, sendo que um deles (hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo) foi responsável pela maior parte da composição da taxa global do varejo -53% de participação.

Outro desses setores, o de material de construção, depende fortemente de financiamento, e um terceiro (combustíveis e lubrificantes) tem sido fortemente beneficiado pela explosão das vendas no mercado interno de veículos.

Esses setores que mais cresceram, não por acaso, representam de forma significativa o que vem ocorrendo nos últimos tempos: consome-se mais, há mais acesso a categorias antes inatingíveis e o papel vital no consumo da classe média emergente, que passa a viabilizar e concretizar seus sonhos de consumo.

Outra inferência possível é que, nos últimos tempos, tem ocorrido grande disparidade no desempenho dos diferentes segmentos varejistas.

Estamos entrando numa era em que o consumidor, já razoavelmente satisfeito no seu consumo básico, passa a não mais consumir por necessidade, mas, sim, por desejo.

Nessa nova configuração, o ambiente competitivo entre fabricantes e varejistas passa a ser uma luta muito mais acirrada. O paradoxo é que, apesar de o mercado ser muito maior e claramente comprador, a luta competitiva é mais feroz em busca da satisfação do consumidor.

Não são mais empresas do mesmo setor competindo entre si, mas empresas de diferentes segmentos e categorias competindo entre si.


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