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Criação de empregos formais recua 50%

Saldo de 67 mil postos de trabalho é o pior para meses de outubro desde 2008; secretário do ministério se diz 'surpreso'

Governo atribui parte do resultado à alta rotatividade 'forçada'; no ano, foi criado 1,7 mi de postos de trabalho

JÚLIA BORBA DE BRASÍLIA

O país criou 66.988 postos de trabalho com carteira assinada em outubro, uma queda de quase 50% em relação ao dado do mesmo período do ano passado e o pior resultado para o mês desde 2008.

O dado veio abaixo da projeção do próprio Ministério do Trabalho, que previa a criação de cerca de 100 mil novos postos no mês.

"A gente ficou um pouco surpreso", disse o secretário de políticas públicas de emprego interino do ministério do Trabalho, Rodolfo Torelly.

"Estamos girando o ano todo, exceto em março, abaixo dos resultados de 2011."

Os setores que apresentaram retração de vagas foram agricultura (-20.153 postos), construção civil (-8.290 vagas) e administração pública (-3.521 postos).

Os demais tiveram criação líquida de postos: comércio (49.597 postos), serviços (32.724) e indústria (17.520).

No caso da agricultura, a retração foi puxada pela redução sazonal da produção de café, que afetou negativamente os postos em Minas.

Já a administração pública justifica seus resultados menores com o início da mudança de governo, das prefeituras, devido às eleições. Os desligamentos, portanto, já começaram a ser feitos para contratação de novas pessoas nestes cargos.

Para Torrely, o crescimento da indústria pode influenciar os próximos resultados.

"A indústria agora está reagindo. Normalmente, quando ela cresce, depois tudo floresce", disse o secretário.

ROTATIVIDADE

O ministério considera que que os números mais fracos do emprego estão refletindo, em parte, a rotatividade de mão de obra, que estaria elevada.

"A rotatividade está comendo solta", disse.

O governo criou um grupo de trabalho para estudar esse movimento e encontrar formas de reduzir o troca-troca de empregados.

"Tem a [rotatividade] natural, dos aposentados, mortos, do término do contrato de trabalho. Mas também tem a forçada, quando patrões e trabalhadores apresentam suas versões", disse. "Verificamos que houve aumento de pedidos de desligamento, por parte dos funcionários, de 442 mil, em outubro do ano passado, para 488 mil, em outubro desse ano."

No acumulado do ano, ocorreu expansão de 4,46% no nível de emprego, o que corresponde a 1,688 milhão de novos postos.

A previsão do Ministério do Trabalho é encerrar 2012 com a geração de 1,4 milhão de novas vagas de empregos no setor privado. Incluindo os números do serviço público, o número chega a 1,6 milhão.


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