Folha de S.Paulo

Mercado Aberto

Setor de telemarketing espera rentabilidade menor em 2012

O mercado paulista de telemarketing deve elevar seu faturamento em mais de R$ 1 bilhão neste ano, para R$ 7,5 bilhões, segundo levantamento do Sintelmark (sindicato de empresas do setor).

Estima-se também uma expansão de cerca de 10% no número de funcionários, que deve superar 350 mil contratados no Estado de São Paulo até dezembro.

O resultado, porém, será acompanhado de uma queda na rentabilidade das empresas, segundo a entidade.

O valor médio de faturamento por posição de atendimento deve ficar em cerca de R$ 45,4 mil neste ano, ante R$ 42,8 mil em 2011.

A rentabilidade média por posição, por outro lado, deve se estabilizar no patamar de R$ 41,5 mil.

"O custo por posição está mais alto devido à necessidade de investimento em capacitação, tecnologia etc. Além disso, em São Paulo, o ISS (Imposto Sobre Serviços) é de 5%. Poucos municípios no Estado têm ISS inferior", afirma Stan Braz, diretor-presidente-executivo do Sintelmark.

"Muitas empresas já procuram outros Estados", diz.

Para estancar a queda na margem das companhias, o sindicato sugere que sejam criados polos com tributação mais favorável.

"Na capital, quase 60% dos operadores moram nas zonas Sul e Leste. Um ISS reduzido localmente eleva o emprego e a qualidade de vida dos funcionários", afirma o executivo.

Fabricante de produto de limpeza constrói nova planta no RS

A fabricante de produtos de limpeza Girando Sol irá unificar suas linhas de produção em uma única planta, cuja construção demandará aporte de R$ 40 milhões.

Hoje a empresa, com sede em Arroio do Meio (a cerca de 130 km de Porto Alegre), distribui seus trabalhos em três fábricas.

Com a nova unidade, a capacidade de produção da companhia deve dobrar. A empresa não divulga números do volume fabricado.

"Estamos mudando porque não temos espaço para crescer. Trabalhamos com 100% da capacidade instalada", diz Gilmar José Borscheid, sócio da companhia.

O faturamento da empresa, que fechará 2012 em R$ 130 milhões, deve crescer 20% ao ano após o início das operações da nova planta.

A Girando Sol comercializa apenas nos Estados da região Sul. Em 2013, ela entrará nos mercados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

"Pretendemos começar lentamente. Neste ano, estamos conhecendo a região", diz Borscheid.

USO DE TABLETS

Metade dos proprietários de tablets deixou de usar a TV para assistir a certos tipos de conteúdo, entre eles noticiários e obras de ficção, como novelas, segundo um levantamento da empresa de consultoria Bain & Company.

A pesquisa foi feita com mais de seis mil consumidores de oito países.

Nos Estados Unidos, 60% disseram que o principal uso que fazem de seus tablets é para acessar a sites de internet e redes sociais.

Entre os brasileiros, 33% afirmaram que usam o aparelho com essas finalidades, mas a alternativa mais lembrada pelos entrevistados (44%) foi a de jogos.

Quase 40% dos brasileiros declararam utilizar os tablets para assistir a vídeos, mais do que nos EUA (33%).

Entre as conclusões, o estudo destaca que os consumidores estão cada vez mais segmentados em seus interesses. A migração digital da indústria do livro impresso, por sua vez, depende de incertezas relativas à geração de valor e ainda estaria apenas começando.

AÇÚCAR EM NOVA YORK

O Banco Pine terá uma corretora de valores em Nova York. A instituição já foi autorizada pelos órgãos reguladores dos Estados Unidos a operar.

"O objetivo da nova corretora é oferecer serviços para os clientes que demandavam um maior acesso ao mercado de capitais americano", diz Norberto Zaiet Júnior, vice-presidente do banco.

Um dos principais serviços será a distribuição de títulos de dívida corporativa de grandes empresas a investidores estrangeiros.

O foco são papéis de companhias de setores da economia brasileira, como o sucroalcooleiro, o de energia e o de infraestrutura, segundo Zaiet Júnior.

NÚMEROS

R$ 47 mi foi o lucro líquido registrado pelo Banco Pine no terceiro trimestre deste ano

23,7% foi a alta do lucro em relação ao mesmo período em 2010

PONTEIROS HISTÓRICOS

A marca italiana Panerai reúne colecionadores nesta semana para expor relógios históricos das décadas de 1930 e 1940, apresentar edições limitadas e modelos exclusivos.

Os lançamentos fazem parte das ações de abertura da primeira loja da grife no Brasil, que atuava apenas por meio de representantes.

"O país tem potencial. Por isso vamos investir e, mesmo considerando as dificuldades fiscais, conseguimos ter o preço de venda bem semelhante ao dos EUA", diz Julio Sato, diretor da Panerai para a América Latina e o Caribe.

As 50 unidades de um relógio criado para celebrar a loja brasileira vão custar cerca de R$ 15 mil cada um.

Outra edição, que só tem uma peça disponível no mercado latino-americano, com trabalho que deixa partes do mecanismo aparentes, custa cerca de R$ 445 mil.

Mais lojas estão nos planos só depois que a nova butique completar um ano. "Nossa distribuição é reduzida, mas pretendemos estudar."