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'Inflação da batata' ultrapassa em 11 meses meta do ano

IPCA de novembro supera expectativas e fica em 0,6%, pressionado por energia e combustíveis; acumulado do ano é de 5,01%

DO RIO

A um mês do fechamento do ano, a inflação oficial de novembro ficou em 0,60% acima do esperado pelo mercado e superior ao 0,59% de outubro, segundo o IBGE.

Apesar de pressionarem menos, devido à melhora climática, os alimentos continuam com preços elevados, diz a coordenadora do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), Eulina Nunes dos Santos.

Embora o tomate tenha levado a culpa pela alta de preços em boa parte do ano, o legume que mais subiu foi a batata-inglesa.

Com o resultado, o IPCA acumulado de janeiro a novembro atingiu 5,01%, superando o centro da meta para o ano todo, de 4,5%. O número, porém, ainda ficou abaixo dos 5,97% registrados no mesmo período acumulado do ano passado.

"Os alimentos perderam o fôlego. Eles vinham muito acelerados, mas continuaram em alta expressiva. O que tivemos foi crescimento em ritmo menor em alguns itens importantes como carne e arroz e quedas como a do tomate", disse a coordenadora.

Por outro lado, outros itens como empregado doméstico, energia e gasolina avançaram em novembro, ajudando a manter a taxa em um patamar mais elevado.

Entre os produtos não alimentícios, a maior alta em novembro, porém, foi de passagens aéreas (11,80%).

Diante do consumo aquecido, a inflação do segmento serviços pulou de 0,51% em outubro para 0,82% em novembro.

Já os preços monitorados pelo governo subiram de 0,25% para 0,54%, na esteira de aumentos no preço da energia e nos combustíveis.

Para dezembro, Eulina espera ainda impactos residuais no IPCA, provocados pelas altas no preço de energia elétrica do Rio de Janeiro e no preço dos cigarros.

Esse último produto registrou alta acumulada de 20% até novembro e ainda terá seus preços reajustados em quatro Estados.

Em 12 meses a inflação acumulada é de 5,53%, acima dos 5,45% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores, elevada pela alta dos alimentos, segundo o IBGE.

A expectativa é que em dezembro a taxa repita a alta de novembro, de acordo com a consultoria LCA.

"O grupo alimentação e bebidas retomará aceleração em dezembro, por conta da forte pressão sazonal do subgrupo alimentação fora do domicílio, bem como pelas altas esperadas de feijão, batata-inglesa, tomate, frutas, aves e ovos", disse em nota.

A taxa estimativa é que o IPCA feche o ano de 2012 ainda dentro da margem de tolerância de dois pontos percentuais do centro da meta do governo -de 4,5%.


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