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Eike deixa por um dia lista dos cem maiores bilionários do mundo
Empresário, que ocupou 7º lugar há menos de um ano, sofre com queda nas ações de seu grupo
À noite, na atualização do ranking diário, bilionário recuperou o top 100 e era o 97º, com fortuna de US$ 11 bi
O empresário Eike Batista, que há quase dois anos dissera que seria o homem mais rico do mundo, deixou, ao menos por um dia, de fazer parte da lista dos cem maiores bilionários, segundo o ranking da Bloomberg.
A lista é atualizada diariamente. Na quarta, Eike ocupava a 93ª posição e perdera o terceiro lugar entre os brasileiros, com uma fortuna avaliada em US$ 11,4 bilhões.
Ontem, deixou à lista. Após o fechamento dos mercados, no entanto, na nova atualização, o bilionário voltou a ser o 97º, com US$ 11 bilhões.
Eike chegou a ocupar a 7ª posição do ranking global, em março de 2012. Na lista da "Forbes", ele também ocupa o 7º lugar, mas esse ranking é atualizado anualmente -o novo sai no mês que vem.
O brasileiro foi o bilionário que mais perdeu dinheiro em 2012, ao ver sua fortuna diminuir US$ 10,1 bilhões.
A queda de Eike reflete a perda de valor de mercado das seis empresas do grupo EBX negociadas em Bolsa e a venda de participação na holding para investidores internacionais.
Comparando as cotações das ações em 6 de fevereiro de 2012 e 2013, pode-se constatar que as empresas de Eike sofreram perdas expressivas. A mais forte foi da OGX (petróleo e gás), de 78,5%, espelhando a frustração do investidor com a produção abaixo do esperado.
Problemas no Porto do Açu, maior empreendimento do grupo, puxaram para baixo ações da OSX (estaleiros) e LLX (logística), que em um ano perderam 53,3% e 44,4% do valor. A MMX (mineração) teve queda de 62,6%.
REESTRUTURAÇÃO
O mau desempenho das empresas desencadeou uma grande reestruturação, com mudanças na presidência de 5 das 6 empresas de capital aberto nos últimos 12 meses, além da trocas de diretores.
A mais recente foi a saída do diretor financeiro da EBX, Otavio Lazcano, homem de confiança de Eike desde o início da formação do grupo, mas que já deixara a presidência da LLX no fim de 2012. A cadeira de diretor financeiro já havia trocado de titular quatro vezes em um ano.
Para o lugar de Lazcano foi convocado Armando Mariante, atual presidente do Scotiabank Brasil e com larga experiência no BNDES, onde foi vice-presidente.
Mariante foi convidado para a EBX pelo vice-presidente do grupo, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, outra novidade de Eike anunciada no início do ano. Gouvêa, presidente da Firjan (federação das indústrias do Rio), recebeu a tarefa de reestruturar o grupo.
O grupo EBX informou que Eike não se pronunciaria sobre o ranking.
