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Análise

Obama opta por ação discreta no início do segundo mandato

PETER BAKER DO "NEW YORK TIMES", EM WASHINGTON

Nas quase duas semanas transcorridas desde que as Forças Armadas egípcias tomaram o poder, o presidente Barack Obama promoveu uma melhora na burocracia federal americana, condecorou George Lucas, da série "Guerra nas Estrelas", e recebeu o ex-presidente George Bush pai para um almoço na Casa Branca.

O que ele não fez foi mencionar publicamente as violentas convulsões no Cairo.

Isso não quer dizer que ele não esteja envolvido. Na privacidade da ala oeste da Casa Branca, ele telefonou a figuras importantes do mundo árabe e se reuniu com assessores para tentar influenciar a maneira pela qual a crise está se desenrolando.

Mas a discrição pública sobre questões como imigração, Síria e o sistema de saúde revela uma abordagem presidencial calculada, definida pelos seus admiradores como "graduada" e pelos seus detratores como "passiva".

Enquanto outros presidentes tentavam explorar sua posição para promover certas causas, há momentos em que Obama usa o megafone do cargo economicamente, falando quando decide que sua voz pode influenciar positivamente uma questão e mantendo o silêncio quando calcula que se pronunciar seria contraproducente.

Em seu primeiro ano de governo, o presidente parecia estar em toda parte, falando sobre todos os assuntos. No quinto ano, ele seleciona suas oportunidades.

Alguns comparam a abordagem ao estilo da "mão oculta" empregado pelo presidente Dwight Eisenhower (1953-61), que muitas vezes preferia influenciar os acontecimentos nos bastidores, sem que seu papel ficasse evidente.

Jim Newton, autor de um livro sobre a Presidência de Eisenhower, diz que Obama é como o ex-presidente ao evitar grandes conflitos internacionais e ao dar ao Congresso a iniciativa legislativa.

Quanto ao Egito, a Casa Branca não detectou vantagem em Obama se pronunciar sobre a derrubada do governo. A reticência pública reflete a opinião de que falar mais atrapalharia que ajudaria.


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