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Nova comitiva americana busca negociar impasse político no Egito
Enviados ocidentais e árabes visitam líder da Irmandade na prisão
Os senadores americanos John McCain e Lindsey Graham viajaram ontem à tarde ao Cairo como parte dos esforços internacionais diante da crise instaurada no Egito desde o golpe de Estado de 3 de julho, quando o presidente Mohammed Mursi foi deposto pelas Forças Armadas.
A ida de McCain e Graham, ambos republicanos, ocorreu no mesmo dia em que Khairat al-Shater, um dos principais líderes da Irmandade Muçulmana, foi visitado por enviados ocidentais e árabes, entre os quais estaria o vice-secretário de Estado americano, William Burns.
Assim como Mursi, Shater se encontra detido. O ex-presidente é acusado de homicídio e de aliança ilegal com a facção palestina Hamas para escapar de uma prisão. A acusação contra Shater é de cumplicidade na morte de manifestantes anti-Mursi. Ele será julgado no dia 25.
De acordo com a agência estatal Mena, a Promotoria egípcia permitiu a visita a Shater, visto como estrategista político da Irmandade. Ele está na prisão de Tora, ao sul da capital --mesmo local em que está detido Hosni Mubarak, ex-ditador do Egito.
Mursi é mantido em um local desconhecido, apesar de haver boatos de que ele esteja no quartel da Guarda Republicana. Na semana passada, Catherine Ashton, chefe da diplomacia europeia, visitou o ex-presidente e disse que ele passa bem.
DIPLOMACIA
Tem havido uma intensificação dos encontros de líderes internacionais com o governo e a oposição, como parte de esforços de mediação.
Simpatizantes da Irmandade continuam em frequente protesto no Cairo em repúdio ao governo interino de Adly Mansur.
O governo declarou que as manifestações são uma ameaça à segurança nacional e têm de ser dispersadas.
Abdel Fatah al-Sisi, chefe das Forças Armadas do Egito, reuniu-se anteontem com islamitas --não da Irmandade-- para discutir uma solução ao impasse. (DB)
