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Provas não mudam decisão britânica, diz governo

LEANDRO COLON DE LONDRES

Apesar das novas evidências do uso de armas químicas na Síria, divulgadas ontem pelos Estados Unidos, o governo britânico sinalizou que descarta pedir nova votação no parlamento sobre uma ação militar no país árabe.

O chanceler britânico, William Hague, e o ministro de Finanças, George Osborne, disseram que a posição de não participar de uma intervenção deve ser mantida.

Para Osborne, a votação do parlamento na última quinta, contrária a uma ação militar, deve ser definitiva.

Em entrevista exclusiva à rede de televisão BBC, ele afirmou que não acredita que o premiê David Cameron reconvocará os congressistas para debater o tema.

"O Parlamento já se pronunciou", disse. "Eu entendo o argumento deles, mas não concordo. Eu não sinto, francamente, que mais evidências, relatos da ONU, em uma outra semana, os teriam convencido disso", afirmou.

Na mesma linha seguiu o chanceler William Hague, em entrevista à rádio da BBC.

"Eu não acho que qualquer assunto com a mesma proposição possa voltar ao Parlamento em poucos dias ou semanas. Nossa proposta já incluía a espera dos inspetores da ONU", disse, em referência à equipe que investiga o uso de armas químicas na Síria e ainda deve divulgar seu relatório.

Na última quinta-feira, o Parlamento britânico rejeitou uma proposta do primeiro-ministro conservador David Cameron que abriria caminho para o Reino Unido participar de uma ação militar na Síria. O texto foi derrubado por 285 votos a 272, na maior derrota do premiê desde que tomou posse, em 2010.

Cameron, que saiu politicamente humilhado da votação, disse aceitar o resultado e prometeu não usar a chamada prerrogativa real, que permitiria uma ação sem o aval dos parlamentares.

"Ficou claro para mim que o Parlamento, refletindo as visões da população, não quer ver uma ação militar britânica", afirmou.


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